A região da Leopoldina ainda não lhe é familiar, afinal são apenas 10 dias de relacionamento com o bairro. Porém, o novo titular do 91º Distrito Policial, delegado Vitor Oñoro Martinez, já tem estabelecido um modelo de trabalho: atuar em parceria com as associações locais e moradores.
Aos 48 anos, Martinez (pronuncia-se Martínez), filho de imigrantes espanhóis e ex-cadete da Força Aéreas Brasileira, está na Polícia Civil desde 1988 e acumula passagem por outros DPs, entre eles o 72º (Vila Penteado). Na quarta-feira,17, ele recebeu a reportagem do Jornal da Gente – primeira instituição comunitária a lhe dar boas-vindas – para uma entrevista, que a seguir resumimos.
Primeiras impressões
“Assumi o 91º DP no dia 9 de janeiro. Conheço o bairro como cidadão paulistano, que vai e vem de um ponto ao outro. A região me causa uma boa impressão. Percebe-se que no bairro existe uma grande população flutuante, fruto da atividade da Ceagesp. Fui informado que a Vila Leopoldina está em transformação, apresentando um grande crescimento, inclusive no que diz respeito à vida noturna. Aos poucos vou tomando contato com o bairro e com os moradores, ao mesmo tempo em que ajeito as coisas internamente”.
Necessidades do Distrito
“O que precisamos aqui não é diferente da demanda de outros Distritos. Existe sempre o pedido por mais equipamentos e recursos humanos. Normalmente trabalham no 91º DP duas duplas de investigadores. Esse número pode até aumentar sem que haja contratações, pois é possível realizar uma nova distribuição de recursos humanos”.
Polícia e Comunidade
“O nosso serviço está direcionado para a população compreendida na nossa área de atuação. Existem várias formas de se relacionar com as comunidades. Uma delas é a partir do Conseg (Conselho de Segurança Comunitário). Mas isso varia de área para área. Existem regiões onde o Conseg é atuante. Em outras, pouca gente comparece às reuniões plenárias desse órgão. É claro que existem outras formas de relacionamento. As que vierem ser sugeridas serão sempre bem-vindas. O importante é que haja uma confiança mútua entre policia e comunidade. Esse relacionamento é essencial e não se pode prescindir dele”.