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Primeira vereadora negra, em 1968, e
primeira deputada negra na década de 70, a moradora da Pompéia,
Theodosina Ribeiro, fala da importância do Dia da Consciência Negra, 20
de novembro, comemorado com manifestações aos ideais de Zumbi dos
Palmares, morto em 1695.
Segunda mais votada da Câmara Municipal em 1968, ela lembra que sua
eleição foi uma grande conquista. Theodosina era educadora e somente
foi superada pelo jornalista Freitas Nobre, que ficou em primeiro lugar
na ocasião. “Depois fui a quinta mais votada para Assembléia
Legislativa de São Paulo, onde fiquei por três mandatos. Foi muito
gratificante porque naquela época a própria mídia fez uma observação
que com a nossa eleição deveria aumentar a auto-estima do negro no
Brasil. Observamos que de lá pra cá foi aumentando o número de
candidatos de negros e negras para discutir o conceito político, que
para nós é muito importante”, explica Theodosina, que também é advogada.
Mulher das letras e Leis, ela avalia o Dia da Consciência Negra como
uma data importante por reverenciar Zumbi. “Um líder que durante 37
anos esteve no quilombo dos Palmares, dando ao negro brasileiro o
início do espírito libertário. Sua colaboração ao quilombo foi no
sentido de arregimentar os negros foragidos e também brancos e índios.
Quando os quilombos começaram a progredir, os holandeses começaram a se
preocupar porque sabiam que enfrentariam uma força muito grande. Por
isso, Zumbi foi preso por Domingos Jorge Velho, morto, decaptado, mas
ficou como um símbolo não só para a comunidade negra mas também para o
Brasil”, lembra ela.
Theodosina aponta algumas conquistas. “Estamos com trabalho muito
grande de Leis como as cotas para negros tanto no mercado de trabalho
quanto no campo da educação. Nós estamos também com um grupo de
universitários e empresários além da Faculdade Zumbi dos Palmares. Sem
educação um povo não tem a sua liberdade e não progride”.
