Exemplo de inclusão

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Oficina de xilogravura é uma das mais concorridas

Ao avaliar, recentemente, o dramático
quadro social de alguns bolsões de pobreza da Vila Leopoldina, o líder
do governo Kassab, vereador José Police Neto, reconhecia fragilidades
por parte do poder público, uma vez que “os esforços para inclusão têm
vindo da sociedade civil”.
Na quarta-feira, dia 3, uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, com
a presença do governador José Serra e do prefeito Gilberto Kassab,
mostrava que o vereador estava repleto de razão. O evento oficial
tornava público o enorme e belo trabalho de inclusão social liderado
pelo Instituto Acaia, uma ONG com sede na Vila Leopoldina. Por dar um
horizonte de esperança a crianças, jovens e adultos de áreas faveladas
do bairro, o Acaia recebeu menção honrosa na premiação de projetos
sociais feita por uma das principais instituições financeiras do mundo,
o Deutsche Bank. “Atendemos as comunidades da Favela do Nove
(imediações da Ceagesp), da Linha e também os moradores do conjunto
Cingapura Madeirit (perto do Carrefour)”, explica a coordenadora do
Acaia, Ana Cristina Camargo. “São cerca de 300 pessoas que têm à
disposição oficinas de marcenaria, xilogravura, vídeo digital, costura
e bordado, horta, música, capoeira, entre outras”, acrescenta Cristina.
Um giro pelas instalações do Acaia impressiona o visitante, que se
surpreende com a grande dimensão do espaço físico ou então com a
qualidade dos serviços, como as peças de marcenaria ou os delicados
bordados. Alunos da xilogravura já ilustraram livros publicados por
grande editoras. Vídeo de animação produzido por jovens do Acaia
participou de uma mostra em São Paulo. Dois alunos do Instituto foram
aperfeiçoar técnicas numa marcenaria na cidade de Descalvado (região de
São Carlos) e participaram da equipe de marceneiros que confeccionaram
o trono usado pelo Papa Bento XVI na viagem que ele fez ao Brasil.
Acaia é uma palavra tupi-guarani, que significa útero. “É assim que nos
enxergamos. Um lugar de germinação, crescimento e passagem, abrindo
novas perspectivas para comunidades carentes”, afirma Ana Cristina. As
entidades comunitárias (Associações Amigos de Bairro, Rotary, OAB,
ACSP, Ciesp Oeste, Sesi) que quiserem conhecer de perto esse trabalho
podem entrar em contato pelo telefone 3832-5804.

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