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Ao mesmo tempo que reconhece a
contaminação do terreno da ex-usina de compostagem da Vila Leopoldina
por metais pesados (chumbo, por exemplo) a Prefeitura de São Paulo
continua permitindo que cooperativas de trabalhadores utilizem o local
para separar e prensar lixo reciclável (pet, alumínio e papelão).
As cooperativas Cooperação e CoperViva-Bem ainda esperam por um lugar
para onde possam ser transferidas. “Poderíamos ir para um terreno
público na Marginal Tietê. Mas ele está ocupado por uma empresa
(privada ) de transportes (Transportadora Di Giaimo)”, afirma Neilton,
da Cooperação. “Pedimos para ocupar uma área na Barra Funda que foi
cedida à Prefeitura pelo governo Lula”, conta Teresa Montenegro da
Coper Viva Bem.
De acordo com a Sub Lapa, a área na Marginal já tem processo de
reintegração aberto no departamento (municipal) de Patrimônio, mas não
há prazo para a desocupação. Já em relação à área da Barra Funda, de
fato o governo federal cedeu o terreno ao Município indicando como uso
as atividades de reciclagem de lixo. De acordo com Sub Lapa, caberia ao
Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb) agir para viabilizar a
transferência de uma das duas cooperativas para aquele local.
Enquanto perdura esse impasse, o Limpurb se move em outra direção.
Preferiu alugar um galpão na Rua Frobem (travessa da Avenida Imperatriz
Leopoldina) para acomodar as duas cooperativas que atuam na ex-usina de
compostagem.
O vereador Donato (PT), integrante do G-8 (grupo de parlamentares
engajados com a região da Sub Lapa), foi ver de perto a área ocupada
pela transportadora Di Giaimo. “Era uma terreno que foi cedido ao
antigo Clube dos Sargentos. Na gestão Marta (Suplicy) esse espaço
voltou para a Prefeitura”, explica Donato. Em 2008, a reportagem do JG
apurou junto à Sub Lapa, que existe um processo judicial de
reintegração de posse no Departamento Patrimonial. “Vou encaminhar
ofício ao governo para que ele possa explicar em que fase está esse
processo”, assegura o vereador petista.
