Legado de Décio Ferreira

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Em fevereiro, Décio mais uma vez se alegrou com o A Lapa Somos Nóis

O sábado (20) ainda amanhecia
quando a comunidade recebeu a triste notícia: perdemos Décio Ferreira,
que há quatro anos lutava contra o câncer de próstata. Décio era
considerado um dos guardiões da memória da Lapa, bairro onde nasceu em
1932. “Ele viveu intensamente essa paixão pela Lapa e com isso ganhou
respeito e confiança de toda a comunidade”, afirma o amigo José
Benedito Boneli Morelli, .
O irmão, Eurico Ferreira, lembra o entusiasmo com que Décio lutava
pelas coisas do bairro. “Foi com ele que nasceu a Associação Amigos da
Lapa de Baixo. Foi com ele e com o Boneli que surgiu o bloco ‘A Lapa
Somos Nóis’, resgatando o carnaval de rua na região, algo que marcou
nossa infância e juventude”.
Com o samba, Décio se envolveu mais ativamente a partir dos anos 70,
quando conheceu Carlão, presidente da Escola de Samba Unidos do
Peruche. “Ele era da Velha Guarda, por isso fizemos questão de estar
aqui na despedida ao amigo”, disse Carlão durante a homenagem que os
sambistas fizeram a Décio Ferreira no velório do cemitério da Lapa.Para
o amigo José Carlos de Barros Lima, Décio “soube cultivar e moldar as
verdadeiras tradições lapeanas defendendo nossos museus, liderando
manifestações cívicas, esportivas e de raiz cultural Assim como nós,
contemporâneos, reconhecemos o valor do trabalho de Décio Ferreira, as
gerações futuras saberão usufruir de seus ensinamentos”.
Décio Ferreira entra agora na galeria dos lapeanos no Memorial do
Consabs no Cemitério da Lapa. “Esse monumento eterniza a memória de uma
gente que se transformou em bairro. Um bairro que gosta da gente”,
afirma Boneli.

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