Projeto alvo de críticas

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Propostas de caráter ambiental também foram motivo de fortes questionamentos comunitários

Se depender da comunidade engajada, o
projeto apresentado pela Prefeitura para a construção do Parque Orlando
Villas Bôas no terreno onde funcionava a usina de compostagem da Vila
Leopoldina será rejeitado. “Continuamos defendendo um Parque
contemplativo integrado ao acervo da família Villas Bôas e não um
parque comum com quadras esportivas”, afirmava Maria Olívia Prata, uma
das fundadoras do Movimento Popular da Vila Leopoldina, ao término da
Audiência Pública realizada na terça-feira,5, no Colégio Santo Ivo.
O encontro, organizado pela Sub Lapa, serviu para que a Prefeitura
apresentasse sua proposta em relação ao futuro parque: áreas verdes com
plantas da Amazônia (lembrança simbólica à vida de Orlando Vilas Bôas
na floresta Amazônica), uma grande torre servida por elevador, quadra
esportiva, pista de skate, local para um Centro de Educação Ambiental,
entre outros equipamentos. “Penso que o melhor seria um parque
temático, valorizando a cultura indígena a partir do acervo que os
Villas Boas se propõem a doar para Prefeitura”, defende o historiador
lapeano, José Carlos de Barros Lima, uma principais lideranças da
região quando o assunto é preservação da memória.
No final da Audiência, a subprefeita Soninha Francine emitiu um sinal
de alerta para os participantes do encontro, a maioria comunidade
engajada. Segundo ela é preciso estudar cuidadosamente que tipo de
fórum (consulta ampla ou plenárias públicas, por exemplo) definirá qual
projeto de parque é mais adequado para ser implantado na ex-usina.
Jornalista atuante na televisão e até pouco tempo atrás colunista da
Folha de S.Paulo, Soninha advertiu a platéia, a exemplo do que fizera
em recente Audiência Pública sobre as metas da gestão Kassab até 2012:
“não acreditem em tudo o que sai (escrito) nos jornais”.
Em abril de 2007, na qualidade de vereadora pelo PPS, Soninha se dispôs
a visitar junto com o JG a atividade de reciclagem de lixo existente na
ex-usina de compostagem. Na ocasião, ela defendia uma posição bem
clara: o terreno em questão poderia abrigar o parque e também uma
central de reciclagem. Ela admitia não ter conhecimento sobre o
histórico de criação do parque e nunca ter debatido essa questão com a
comunidade da Leopoldina. Em março daquele mesmo ano, o JG levou ao
gabinete de Soninha um panorama completo da situação. Somente após esse
encontro com a imprensa escrita local é que a vereadora se dispôs a
conversar mais profundamente com o Movimento Popular da Vila Leopoldina.

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