Feirante cumpre nova regra

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Comerciantes que trabalham às terças-feiras na rua Sepetiba liberaram a via para o tráfego às 14h

Ás 14h em ponto a Rua Sepetiba (na Vila
Romana) estava livre das barracas da feira de terça, 2, conforme
determina o novo Decreto 51.199/10, de 23 de janeiro, que altera o
período de encerramento das feiras.
José Amaro foi um dos últimos a desmontar a banca de frutas. Ele, o
filho e mais dois feirantes guardaram as mercadorias, desmontaram a
barraca e ensacaram o lixo, dentro do novo prazo.
Segundo declaração do prefeito Gilberto Kassab, durante a vistoria às
feiras livres no último final de semana, o objetivo é disciplinar o
funcionamento das feiras, que devem encerrar suas atividades até as
12h30. “Cabe aos feirantes ensacar o lixo até as 14h, para que a coleta
possa ser feita a partir das 14h30”. A nova legislação também
estabelece punições para o descumprimento dos horários ou o
descumprimento das obrigações relacionadas à limpeza do conjunto da
área. As punições vão da suspensão à extinção da feira. A multa por
recolhimento de lixo é de R$ 67 e a por desativação atrasada é de R$
250 para o feirante.
Mesmo com as novas regras, o dono de uma oficina que fica no número 549
da Rua Sepetiba, André Luis Pereira reclama. “Não mudou nada, só
ensacou o lixo. Já falei com o feirante (que fica na frente da oficina)
e pedi para ele não colocar o lixo na porta e sim ao lado, mas não tem
jeito. Mesmo com o fim da feira não consigo atender ninguém. É um dia
de trabalho perdido”, revela o comerciante, que teve os sacos com os
resíduos coletados pela Prefeitura às 14h41.
Mas apesar de seguir as regras, o feirante José Amaro afirma que por
conta do novo Decreto, a terça-feira foi de prejuízo. “Estou voltando
com grande parte das frutas”, disse ele. “Começamos armar a barraca por
volta das 7 horas, até arrumar toda a mercadoria começamos a venda lá
pelas 9h e quando chega meio-dia (12h) que o movimento aumenta temos
que começar a desmontar a barraca. O faturamento caiu cerca de 40%”,
reclama o feirante.
Há 42 anos na feira, Amaro não vê outra saída. “Vamos ter que nos unir
e falar com o Prefeito. Hoje investi cerca de R$ 1200 e não fiz nem o
dinheiro da mercadoria”.

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