Solidariedade|e política

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Uma das principais áreas verdes da Zona Oeste, o Parque da Água Branca, transforma-se, neste sábado numa grande vitrine da solidariedade recebendo a Feira Ação Lapa, evento cujo objetivo é reunir num mesmo espaço dezenas de entidades (ONGs, instituições filantrópicas), que desenvolvem projetos na área social com atuação no âmbito da região da Subprefeitura da Lapa.
A iniciativa, coordenada por um grupo de empresas e associações corporativas e comunitárias serve para divulgar os trabalhos sociais das entidades participantes, além de favorecer a criação de uma sólida rede de sinergia entre elas. O evento também prepara terreno para a realização do mutirão Ação Lapa, evento que prevê uma série de ações simultâneas acontecendo num mesmo dia.
Essa mobilização da sociedade civil no campo sócio-ambiental contrasta com o papel do poder público quando o assunto é política de inclusão social. Neste contexto, o que não falta nos bairros da gente é omissão por parte das autoridades municipais. As noites frias desse mês de agosto expõem a realidade nua e crua de um drama cotidiano: a situação de homens, mulheres e crianças em situação de rua sem que a Secretaria Municipal de Assistência Social aponte caminhos adequados para resolver, de forma concreta, esse quadro de exclusão. Marquises, calçadas e baixos de viadutos se transformaram em locais de moradia para uma gente largada à própria sorte.
Ressalte-se aqui, a bem da verdade, que nos últimos 10 anos, a atual gestão municipal (DEM-PSDB) e a anterior (PT) não foram capazes de construir um modelo de inclusão em parceria com a comunidade.
E quando falamos em comunidade nos referimos ao associativismo de bairro e ao leque de instituições corporativas de peso: Ciesp Oeste, ACSP-Lapa, Sesi e Senai (na Vila Leopoldina), Sebrae Oeste e Senac, entre outras. A força e os recursos humanos e financeiros desses parceiros foram e continuam sendo ignorados pelos burocratas da Assistência Social do Município de São Paulo no arco da última década.
Diante da insuportável letargia e das injustificáveis omissões dos órgãos públicos, faz-se necessária a interlocução, em caráter de urgência urgentíssima, da sociedade civil organizada com a Prefeitura, um diálogo cuja interface só tem uma chance de ser construída com sucesso: a partir da ação política, o que regionalmente significa a atuação direta do G-8, o grupo de vereadores engajados com as questões da região da Subprefeitura da Lapa.

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