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As mortes da advogada Bruna Baltresca, de 28 anos, e da sua mãe, Miriam, de 58, ambas vítimas de atropelamento, no dia 17, na calçada do Shopping Villa Lobos (Marginal Pinheiros), serviu de reflexão para alunos do Ensino Médio do Colégio Santo Ivo (Alto da Lapa).
Na quinta-feira, 29, Rafael Baltresca, ex-aluno do Colégio Campos Salles (Lapa), mexeu com sensibilidade dos adolescentes e adultos com uma palestra que tenta dar uma luz à sociedade para que não se repita tragédia como a que matou sua mãe e irmã. “Elas foram a uma livraria do shopping. Por volta das 23h, as duas saíram a pé do Villa Lobos e seguiram até uma rua onde estava estacionado o carro de Bruna”, conta Rafael. “No caminho até o carro houve o atropelamento, quando um Golf (dirigido pelo bibliotecário Marcos Alexandre Martins, de 33 anos) invadiu a calçada. A polícia diz que velocímetro do veículo do bibliotecário parou na marca dos 100 km/h (o limite de velocidade na Marginal de 70 km/h), o que significa que ele estava bem acima dos 100Km/h”. O choque foi tão violento que peças e acessórios do carro foram arremessados a longa distância.
Um bombeiro que atendeu o motorista afirmou que o bibliotecário aparentava sinais de embriaguez e cheirava a bebida alcoólica. Martins nega que dirigia embriagado, mas foi indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar). Com a vida totalmente modificada por conta da tragédia, Rafael Baltresca inicia uma cruzada de conscientização com a campanha “Não Foi Acidente”. “É ilusão dizer e mostrar (propaganda) que o álcool traz felicidade”, foi uma das mensagens deixadas aos adolescentes. Na praça em frente à Unidade II da escola, alunos do Santo Ivo realizaram ato de engajamento na luta de Baltresca.
