Cada um de nós possui os recursos financeiros coerentes com as necessidades à nossa vida transitória e fugaz: não temos e nem teremos mais nem menos do que seja o justo para as nossas lutas terrenas: se obtemos mais recursos financeiros no decurso da vida, esses recursos devem ser postos naquilo que os torna justos à nossa evolução espiritual; se permitirmos que o excesso de bens nos torne piores e maus, esse excesso constitui provação para a alma: passar pela riqueza abundante e excessiva é prova pior que passar pela pobreza do “pão nosso de cada dia…”
Muitos acreditam que a posse dos bens materiais significa a vitória da vida. Essa crença é errônea: a vitória da vida tem mais com o ser do que com o ter: quem muito recebe, muito deve dar; quem pouco alcançar, deve dar de acordo com suas forças. Reter o supérfluo, para garantir o ser é enganoso e vão, pois todos morremos e voltaremos ao pó de que viemos.
Os recursos financeiros, que alcançamos com justo esforço e honesto trabalho, constituem-se na bênção de poder ajudar o próximo: ajudar filhos e pais, irmãos e parentes, amigos e, principalmente, no sobejamento do muito, dar ao pobre na proporção de sua necessidade.
A vitória da vida material constitui-se na conquista dos recursos financeiros necessários a uma vida mais feliz, mas essa vitória se transformará em poeira se a conquistarmos para satisfazer apenas os sentidos do nosso corpo, fazendo-nos egoístas e avarentos: não damos nada a ninguém, não partilhamos a felicidade do ter e, assim, destruímos a possibilidade de sermos melhores e fazermos crescer a nossa alma, na conquista de tesouros, que nenhum ladrão pode roubar, nem a ferrugem destruir.
Filhinhos, meditem essas palavras, elas são luz e força para o caminho da vida! (CX5)