Pompeia sai em defesa|de área verde

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Terreno é alvo de nova polêmica entre Prefeitura e sociedade

Uma luta comunitária, que já dura 17 anos, chega  a um novo impasse. De um lado, a Associação Amigos de Bairro da Vila Pompeia, com a histórica bandeira de implantação de área verde (praça) num terreno público na Rua Pedro Machado (Viaduto Antártica, área da Operação Urbana Água Branca). Do outro, pelo menos três secretarias municipais: Verde e Meio Ambiente (SVMA), Cultura e Desenvolvimento Urbano. “Conseguimos garantir a construção desta praça, mas o aval da Prefeitura à construção de um circo no local, na prática, derruba a praça projetada”, afirma a presidente da Associação Amigos de Bairro da Vila Pompeia, Antonietta de Lima e Silva.

Originalmente, o terreno em questão media 9.374 m², dos quais 4. 474 m² foram reservados como área verde e 4.872,70 m² para serem usados como espaço institucional (equipamento público). Porém, com a necessária reformulação do sistema viário na região, a área verde foi reduzida para menos de 1.000 m². Assim, o total das duas áreas passou a ser de 5.722,19m².

Hoje, a Associação pleiteia junto à Prefeitura que esses quase 6 mil metros quadrados sejam transformados em praça. “A lei das Operações Urbanas permite que uma área institucional possa ser trocada de lugar. O que pedimos é destinar todo o terreno para área verde (praça), sendo que a área institucional da Pedro Machado seria transferida para outro local”, explica Antonietta. “Essa região da Pompeia com Barra Funda não comporta um circo. Temos ali várias faculdades, terminais de transporte público, 40 mil carros em horário de pico, população flutuante e trânsito congestionado”.

A CET emitiu parecer no qual afirma que “a criação de um pólo de viagens no local traria comprometimento da fluidez das vias”. Além disso, o órgão salienta que o acesso ao circo só poderia ser feito pela Avenida Auro Soares de Moura Andrade. Isso obrigaria a passagem pela área verde antes de atingir a parte institucional (circo), “o que é irregular”.

Embora pareceres técnicos da SVMA sustentem a tese defendida por  Antonietta, despacho do secretário daquela pasta, Eduardo Jorge, permitiu que a Secretaria da Cultura seguisse adiante com o projeto do circo.  Como a área faz parte da Operação Urbana, sendo de  de responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, o JG procurou a pasta que, via assessoria de imprensa, emitiu a seguinte nota: “A decisão sobre o referido projeto será da administração pública, com a participação das secretarias envolvidas. O secretário Miguel Bucalem posicionou a presidente da Associação no sentido de que a questão está em análise”.

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