Reféns das chuvas

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No início de sua gestão como subprefeita da Lapa em 2009, Soninha Francine recebeu, no dia 7 de fevereiro, um sábado, telefonema do Jornal da Gente alertando para um cenário de caos: a Pompeia, na região das ruas Turiaçu, Venâncio Ayres e Avenidas Pompeia, Sumaré e Francisco Matarazzo estava submersa. Naquele momento Soninha estava na Avenida Paulista e, por telefone, começou a comandar uma operação de emergência num bairro que clamava por grandes obras de infraestrutura. Passados quatro anos, a Pompeia, no dia 14 de fevereiro, novamente submergiu ao ser tomada por um grande temporal, que também deixou alagados os bairros da Lapa, Leopoldina e parte da City. O subprefeito, Ricardo Pradas, não precisou ser informado sobre a situação caótica, pois estava no trânsito, dirigindo-se do Centro (Prefeitura) para a Sub Lapa, e viu de perto bairros tomados pelas águas.  Após o caos de 2009, Soninha e seu sucessor, Carlos Fernandes, (2010 e 2011) deram início a uma tarefa de gestão política junto à cúpula do governo do prefeito Gilberto Kassab com o objetivo de trazer para região obras de drenagem para os córregos Tiburtino e Curtume (Lapa- região do Mercado e Guaicurus), Água Preta e Sumaré (região da Pompeia e adjacências).Do ponto de vista político, Soninha e Fernandes foram absolutamente bem sucedidos, pois as obras solicitadas foram aprovadas pela Prefeitura. Porém a burocracia estatal, de um lado, e falhas na concepção de projetos, impediram a execução imediata das obras, problema que vem se arrastando de gabinete em gabinete nos últimos anos e foi parar no colo do subprefeito Pradas, que terá de redobrar esforços para tornar realidade a construção das novas quatro galerias. Além disso, o gestor da Rua Guaicurus, 1000 terá de levantar uma nova e importante bandeira: grandes obras de drenagem na Vila Leopoldina.Na região da Sub Lapa, a população, há décadas, vem sendo mantida refém das águas por conta da omissão e/ou despreparo do poder público. Para convencer o alto escalão do governo Haddad a mudar essa situação,  Pradas e seu chefe de gabinete, Carlos Roberto da Silva, terão de articular, rapidamente, uma estratégia que alie a pressão vinda da comunidade – que continua reivindicando obras – com o peso da  política regional, sedimentado no G-19, o grupo de vereadores comprometidos com as demandas da da região da Sub Lapa.    

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