A baixa presença de lapeanos na audiência da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, quarta-feira, 8, deixou o vereador Gilberto Natalini visivelmente desapontado. Segundo ele, centenas de e-mail e comunicados foram enviados aos moradores da região convidando para a reunião que teve em pauta a reabertura do Hospital Sorocabana. O Jornal da Gente recebeu convite (segunda-feira, 6) e estava lá.
Uma coisa é certa, se a comunidade não se mobilizar ainda mais para reformar e reabrir o hospital da Rua Faustolo, corremos o risco de perder espaço político e força de reivindicação.
Os fatos mostram que é preciso muito mais união do que se teve até aqui. Basta lembrar que o então prefeito Gilberto Kassab fez questão de registrar a sintonia entre as duas esferas de governo (Município e Estado), agradecendo “o gesto de compreensão” por parte do governador Geraldo Alckmin ao “ceder rapidamente” o Sorocabana à Prefeitura (a discussão do acordo começou em outubro de 2011), durante a assinatura do termo em 17 de janeiro de 2012, no próprio hospital. Além da inauguração da AMA 24horas e da Especialidades, Kassab prometeu entregar 120 leitos após seis meses da assinatura do documento e o restante do hospital no início de 2013, com mais 130 leitos. Veio a eleição, Fernando Haddad ganhou, e a promessa ficou no papel.
O novo prefeito assumiu o cargo em meio às cobranças sobre o Sorocabana. Diante do decreto do governador Alckmin passando dois andares do prédio e mais parte do térreo da Rua Faustolo para o Hospital da Clinicas, Natalini encaminhou pedido de Audiência Pública para que os secretários Municipal, José de Fillipi Junior, e o Estadual, Giovanni Cerri, expliquem qual a real situação do Sorocabana. O requerimento de Natalini foi aprovado e os secretários serão convidados para a audiência que está marcada para 5 de junho, às 12h, na Câmara Municipal. Esta será a hora da comunidade marcar presença. O objetivo é brigar para que o Sorocabana abra como hospital geral e não com leitos de retaguardo do HC.
Outros acontecimentos pedem a participação ativa da comunidade: a audiência pública do Plano Diretor Estratégico da Cidade de São Paulo neste sábado, 11, na Uninove – Campus Memorial, sobre “Investimentos Prioritários e Planos regionais e de bairro”, e a audiência pública da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal que discute, quinta-feira, 16, o novo projeto de Lei da Operação Urbana (Consorciada) Água Branca, também na Uninove. Como se nota, é preciso uma mobilização comunitária e já.