Casal de ilustradores se dedica a mostrar em imagens o mundo mágico das histórias infantis.
Ela é arte educadora; ele, experiente como diretor de arte e desenhista gráfico na área publicitária. Os dois agregaram à rotina profissional o trabalho de ilustração infantil. Claudia Cascarelli e Marco Antonio Godoy são casados há seis anos. Claudia já dividia seu tempo fazendo ilustrações e dando oficinas de musicalização e arte. O primeiro livro ilustrado por ela foi A Ratinha Cor-de-Rosa do Rabinho Azul-Escuro, de Jonas Ribeiro. Adotado pelo Ministério da Educação – MEC, o livro circula também em países cujo idioma oficial é o português.
Na convivência com o marido, ela viu que ele tinha potencial para a área editorial infantil e o incentivou a tirar da gaveta o projeto que tinha com Bituim, o amigo de infância. E assim surgiu a primeira parceria. Marco ilustrou Senhor Packowitsky, que virou pacote, e sua estranha maneira de falar as coisas, de Milton “Bituim” Campos. “O amigo é bancário e por incentivo nosso começou a escrever, já publicou o segundo e está produzindo o terceiro”, conta Marco.
Hoje em dia o casal se dedica à ilustração de livros infantis. “Somos ilustradores infantis, exclusivamente”, diz Claudia. Enquanto os livros não ficam prontos – às vezes a finalização de uma obra leva mais tempo que uma gestação – o casal faz frilas. “Aconteceu comigo. Topei a produção de um livro, fiquei grávida, o livro está aqui ainda e a minha filha tem um ano”.
Claudia realiza oficinas de arte, de criatividade, desenho, cursos livres de ilustração, desenho criativo para bordados, etc., em Sescs, ateliês. Os dois aceitam trabalhos de ilustração e gravuras e querem vender os originais. “Queremos vender nossos originais porque o acervo está ficando enorme. São obras únicas. Nós fizemos uma exposição na Livraria Cortez”, diz Claudia.
Há quanto tempo vocês trabalham com ilustração infantil?
Claudia: Estou desde 1999. Também sou professora de música, dou aula em colégio. A profissão de ilustradora sempre acompanhou minha profissão de arte educadora. Tanto era possível eu estar na escola como no estúdio ilustrando. Tanto é que tem muita gente da região que é meu alunos.
Marco: Exclusivamente com livro infantil, sete anos. Eu era diretor de arte em propaganda e desenhista gráfico.
Como foi o início?
Marco: Na verdade, ela que me estimulou a ser ilustrador de livro infantil.
Claudia: Ele tinha um trabalho de desenho direcionado à publicidade, aí eu o incentivei a tirar da gaveta um projeto antigo. Os editores gostaram do trabalho [do primeiro livro], ficou muito bom. E quem comprou a ideia foi a Editora Cortez. Este ano ele está ilustrando livro didático também.
Marco: Não foi exatamente o primeiro publicado, mas foi o primeiro que ilustrei.
Claudia: Foi por acaso que comecei a ilustrar. Eu pintei um material para um contador de história, uma caixa, e um editor que hoje está na Livraria Cortez viu e disse que a pessoa que tinha feito a caixa podia fazer a ilustração do livro. Foi assim que comecei. Um livro foi chamando outro. O primeiro, A Ratinha Cor-de-Rosa do Rabinho Azul-Escuro”, foi adotado pelo MEC e, quando isso acontece, circula também em países que falam a língua portuguesa.
Por que vocês gostam de trabalhar com ilustração de livros infantis?
Marco: Por causa da liberdade de criação.
Claudia: Nós acabamos nos descobrindo. Comigo foi uma descoberta trabalhar com o universo infantil. No meu caso, eu vinha trabalhando já há mais de 20 anos com criança. Então é uma percepção mais aguçada e acabou desembocando no desenho.
Qual a característica que a pessoa tem de ter para ser ilustrador infantil?
Claudia: Criatividade, desenho, percepção, conhecimento do universo infantil, características do próprio desenho, humor. O Marco trabalha com muitos detalhes. Eu vejo nisso um grande potencial do ilustrador. (SV)
Claudia Cascarelli e Marco Antonio Godoy
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