Operação política

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Esta semana quem esteve no auditório do Centro de Treinamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), na Avenida Marquês de São Vicente, quarta-feira, encontrou o prefeito Fernando Haddad na cerimônia de sanção da nova Lei da Operação Urbana Consorciada Água Branca. Estava acompanhado de nove secretários (Coordenação das subprefeituras, de Desenvolvimento Urbano, Habitação, Finanças, Serviços, Esporte, Comunicação, Transporte, Desenvolvimento e Trabalho) e seis vereadores (Atílio Francisco, Paulo Frange, Alfredinho, Reis e Nabil Bonduki além de Claudinho). Em meio ao escândalo que envolve a prisão de auditores da Prefeitura e a citação do nome de seu secretário (Antonio Donato – de Governo), Haddad assinou a Lei que substitui a Operação Urbana de 1995 (11.774), ampliando seu perímetro mais de seis vezes. A primeira Lei abrangia os bairros da Água Branca, Perdizes/Pompeia e Barra Funda. Já a nova vai além, adentra Freguesia do Ó, Casa Verde e também Pirituba pela Raimundo Pereira de Magalhães, onde o prefeito incluiu no projeto a construção do Viaduto que vai ligar o bairro à Lapa. Cerca de R$ 600 milhões foram arrecadados nos 18 anos da antiga Lei em outorga onerosa de empresas para construir acima do permitido no zoneamento. Uma das conquistas da comunidade da Pompeia e Perdizes foi a canalização dos Córregos Água Preta e Sumaré, que sem dúvida saiu do papel graças ao empenho da presidente da Associação de Amigos da Vila Pompeia, Maria Antonietta de Lima e Silva, que passou de secretaria em secretaria para solucionar o problema das enchentes. Ela foi convidada por Haddad compor a mesa. Antonietta ficou à sua direita e Ana Paula da Comunidade Água Branca à sua esquerda. A simpatia do prefeito foi destacada por Antonietta que declarou nunca ter visto um prefeito conversar com o povo como fez Haddad. Ele distribuiu sorrisos e beijos, talvez de tensão por conta de tantos problemas nos últimos tempos. O aumento do IPTU suspenso pela justiça, é um deles. Aliás, empresários do comércio e indústria prevêem um efeito cascata com repasse de aumento do tributo ao consumidor, fechamento de lojas, desemprego e aumento no índice da inflação. Se por um lado, Haddad promete benfeitorias à Comunidade Água Branca com recursos da Operação Urbana,  por outro ele esquece que a cidade vai muito além. Não que a Água Branca não necessite, mas se ele fosse até a Vila Leopoldina, por exemplo, em uma breve passagem pelos baixos do Viaduto Mofarrej, encontraria menos favorecidos, inclusive crianças, entregues a própria sorte. É preciso que sua simpatia também seja conhecida em outras localidades onde o aumento de IPTU alcança 20%.  É preciso pensar na Cidade para todos os paulistanos. 

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