Um novo palco para a região

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Em meio a discussão de adensamento dos corredores (construção de prédios) previsto no Plano Diretor e audiência pública do Conselho Gestor da Operação Urbana Consorciada Água Branca, surge um novo equipamento cultural na região, o Teatro J. Safra, com a inauguração marcada para quinta-feira na Rua Josef Kryss, próxima a Avenida Marquês de São Vicente e Ponte Júlio Mesquita. 

Bom para os moradores que ganham um novo teatro como alternativa ao preço popular do Teatro Municipal Cacilda Becker (ainda com pouca programação – pelo menos por enquanto) e ao Teatro Bradesco do Bourbon Shopping, com atrações internacionais e preços mais elevados. A assessoria do Instituto J. Safra não revela o valor do investimento, mas a estrutura conta com 633 lugares, menor que o Bradesco (1439) e maior que o Cacilda Becker (com 198 lugares), para atender antigos e principalmente novos moradores de condomínios e hóspedes dos hotéis com projetos e obras na região da Avenida Marquês de São Vicente. 

A nova sala de espetáculos abre as portas com Nathália Timberg em um monólogo Paixão e o show de Gal Costa numa programação com preços intermediários entre as duas opções existentes, uma vez que tivemos baixa do auditório Simón Bolívar do Memorial da América Latina (ligado ao governo do Estado – com 1600 lugares) – que foi consumido por um incêndio, no final do ano passado. Já a Estação Ciência da USP, que também tem um teatro, continua fechada à espera da licitação para restauro do prédio tombado, o que elimina mais um equipamento cultural da região. 

Isso mostra que a iniciativa privada mais uma vez está à frente do poder público, pelo menos no que diz respeito a questão da Cultura. Prova disso é a falta de nomeação de um supervisor de Cultura da Subprefeitura. Até o fechamento desta edição o cargo continuava sem um titular. 

Mas entre as boas notícias está a assinatura do convênio pelo secretário de Serviço Simão Pedro, o secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, Artur Henrique, e o Coordenador de Conectividade e Convergência Digital, João Cassino, para reabertura de 80 Telecentros instalados dentro de CEUs e bibliotecas, entre eles o da Biblioteca Mário Schenberg da Rua Catão. A unidade (como as demais) está com atividade suspensa desde o dia 1 de abril devido a interrupção nos contratos com o instituto (o Idort) que fazia a gestão do programa na Cidade. A reabertura além de promover a inclusão digital e oficinas a moradores, atende estudantes  e aqueles que não têm acesso ao mundo digital além de ter equipamentos para deficientes visuais.  Como se vê, as notícias nem sempre são ruins. 

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