Conquista femininas

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Este domingo marca o Dia Internacional da Mulher. Várias comemorações estão programadas para todo o mês. O clube Pelezão realiza neste sábado o Dia da Mulher Esportista do Pelezão, antecipa a homenagem. A Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Lapa realiza a Semana da Mulher Advogada da OAB Lapa e a Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo, em parceria com entidades, vai homenagear àquelas que se destacaram durante o ano, no dia 18.   

Desde que a data foi instituída em homenagem as operárias que morreram queimadas em uma fábrica de tecidos, da cidade de Nova Iorque, por causa da greve (em 8 de março de 1857) por melhores condições trabalhistas, muita coisa mudou. Tivemos avanços, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Hoje temos mulher em cargos que antes exclusivos dos homens, como o de presidente da República. Pela região da Lapa temos exemplos de mulheres de sucesso como a superintendente da Distrital Oeste da Associação Comercial de São Paulo Therezinha Penteado de Oliveira, a secretária executiva da ACM-Lapa, Cristina Neglia e a gerente do Ciesp Oeste, Laura Gonçalves.  A Inspetoria Lapa da Guarda Civil Metropolitana também tem uma mulher no comando, Thais Helena Cardoso de Lima. 

Na ação da Guarda Civil Metropolitana e Subprefeitura na quarta-feira, na calçada da Rua Ariovaldo Silva, próximo ao portão 10 da Ceagesp, uma mulher chamava atenção. Com ar de abandono, alterada pelo vício do crack, ela perambulava de um lado a outro da rua como um zumbi. As marcas da dependência química estavam no seu rosto. Doente e dominados pelo vício, ela se misturava aos demais moradores de rua que lotavam a calçada de barracas improvisadas. A ação deflagra foi devido a reclamações de moradores do entorno no Conseg Leopoldina pela falta de segurança e também do Ministério Público que pede solução dos problemas daquela area, segundo a inspetora da GCM. 

De acordo com a Secretaria de Políticas para Mulheres, a cada 12 segundos uma mulher sofre violência no Brasil. Entre os crimes está o estupro, cujos registros aumentaram em 168% em cinco anos – cerca de 50 mil casos são registrados todos os anos. Na rua a taxa de homicídios de mulheres continua a crescer, enquanto dentro de casa se estabilizou segundo levantamento do IPEA. 

Ou seja, mulheres como a que vagava pela Rua Ariovaldo Silva está muito mais vulnerável a engrossar as estatísticas do que as que estão dentro de casa.  O prefeito Fernando Haddad anuncia a expansão do projeto Braços Abertos que começou região da cracolândia para outros bairros, entre eles a Leopoldina. A expectativa é que os serviços de assistência, saúde e inclusão no mercado mude a vida das mulheres, como a da Ariovaldo Silva, e de todos que estão na calçada. Ainda temos muito que fazer. Vamos celebrar as conquistas femininas e lutar por outras. 

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