A comunidade da Lapa está revoltada com o fechamento do Parque Orlando Villas-Bôas, na Vila Leopoldina, com o qual tenho ligação forte. Apoiei esforço de entidades e aprovei a lei 14686/08 que o criou, onde havia a usina de compostagem até 2004. O movimento que acabou com o mau cheiro contou com meu suporte.
Visto ser preciso investir para demolir instalações, resolveu-se iniciar o parque pela zona contígua, pertencente à Sabesp. Ali funcionou até 1989 uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e em área de 55 mil m², havia escritórios e quadras esportivas.
Por consenso entre Sabesp e Prefeitura Municipal de São Paulo, isolou-se tal área, que serviu para a 1ª fase do parque, inaugurada em janeiro de 2010. Infelizmente episódio nebuloso, envolvendo pessoa que alega ter se indisposto em 2010, ensejou inquérito do Ministério Público, resultando na interdição por risco de contaminação. Alegou-se não haver resultados de novo laudo, em andamento. Com isso os 10 mil usuários/mês perderam seu espaço. Entendo há excesso de zelo. Nada justifica fechar o parque quando laudo da PMSP, aprovado pela Cetesb, atesta não existir contaminação. Lembro que nas áreas da usina e ETE havia funcionários e cooperativas, sem registro de problemas.
Queremos nosso parque de volta! A Prefeitura e Sabesp devem providenciar para resolver a desapropriação e recuperação das outras áreas. A luta é para ter o parque completo com 268 mil m². Sabemos há poderosos interesses imobiliários. Não vamos esmorecer! Estamos juntos!
Gilberto Natalini é médico, vereador (PV) e presidente da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade da Câmara Municipal de São Paulo
