A obra de reforma e revitalização da Praça Nova Lapa começou na terça-feira, 22, mais de um mês da data (17 de agosto) anunciada na placa da obra fixada na entrada da area verde. O prazo para término da reforma está encoberto, mas a expectativa é que o espaço esteja revitalizado em três meses. A luta da comunidade para que a area deixasse de ser um ponto de drogas é antiga e se fortaleceu após a morte (em 26 de abril) de seu Flávio que foi encontrado morto com sinais de espancamento em uma casa que ficava nos fundos da area. Para muitos, a ocorrência era uma tragédia anunciada, porque o local era ponto de uso de drogas. Após a perícia, a Subprefeitura Lapa demoliu a casa que foi ocupada por Flávio cerca de 30 anos, atendendo a uma reivindicação da comunidade que já tinha projetos de revitalizar o local em parceria com o poder público.
O vereador José Police Neto (PSD) destinou uma emenda de R$ 50 mil para reforma em atendimento ao pedido da comunidade, mas o recurso demorou a ser liberada pelo governo municipal. “É a primeira emenda na gestão do prefeito (Fernando) Haddad que a gente consegue realizar. A gente fica triste porque levou dois anos e meio para a população receber aquilo que ela nos cobra durante todo esse tempo. Isso é absolutamente injusto, não comigo, mas com a população. Agora é fazer com que os recursos produzam o que a população deseja com controle da comunidade e controle do nosso mandato para que o dinheiro público tenha o mesmo valor que tem o nosso dinheiro”.
Além do atraso de mais de um mês para início da reforma, a placa está sem a data de conclusão da reforma. “Temos uma expectativa que em 90 dias seja possível concluir as intervenções. Se o poder público não tiver competência para fazer nesse espaço de tempo, a população – o coletivo (de moradores) que colaborou na elaboração do projeto – que vai colocar a mão na massa, mas não vai deixar de criticar de maneira muito objetiva a incompetência, inconsistência e a ineficiência do poder público aqui. Então é para deixar atenta a Subprefeitura que se o poder público não fizer, a comunidade vai fazer, mas vai cobrar pelo que fez”, conclui o vereador, autor da emenda do recurso destinados a reforma da praça