A Operação Urbana Consorciada Água Branca encheu toda a região de muitas expectativas de investimentos importantes para resolver de uma vez por todas o problema das enchentes, melhorar o tráfego e incrementar o desenvolvimento social e econômico de todo o território. As expectativas foram tantas que acabou por criar a crença que a Operação Urbana era a galinha dos ovos de ouro de onde poderiam sair recursos as mais variadas ações, para muito além do escopo original do instrumento.
A reunião da Subcomissão de Acompanhamento das Operações Urbanas de quinta-feira (22) começou a trazer o debate para a realidade a partir da evidência concreta do enorme fracasso do primeiro leilão de Cepacs – autorizações para construção cuja venda é a fonte de recursos para a OUC – quando se arrecadou no leilão menos de 1% do valor previsto de 14 bilhões. As causas do fracasso estão sendo discutidas: abundância de incentivos à construção com menos restrições em outras áreas da cidade, crise econômica, correção acentuada do preço mínimo dos Cepacs. É fundamental buscar formas de corrigir ou compensar os problemas quando eles forem identificados e por isto foram agendadas mais três reuniões técnicas para aprimorar a análise.
Mas é também fundamental que se discuta com a sociedade a adequação do programa estabelecido para trazê-lo de volta a realidade com estimativas concretas de cronograma e custos, como deveria ter sido feito desde o início.