Educação cultural

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“O futuro da educação está na Cultura”, afirmou o secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki, na abertura da audiência regional Oeste realizada domingo na Casa de Cultura Tendal da Lapa. Para ele é difícil fazer uma casa de cultura em cada bairro, mas é possível que toda escola vire um ponto de cultura na Cidade.

A ideia do Plano Municipal de Cultura é elaborar um planejamento para orientar as políticas culturais na cidade pelo período de dez anos. O plano faz parte dos compromissos gerados com a adesão do município ao Sistema Nacional de Cultura. O documento traz metas e diretrizes como base nas conferências de Cultura realizadas na Cidade.

As lideranças e moradores que desejam preservar a história e fomentar a cultura local precisam registrar suas propostas no site do Plano Municipal de Cultura até dia 15.
A ideia é reunir as sugestões em um documento que contemple as necessidades de cada região, institucionalizando o Sistema Municipal de Cultura da Cidade. E assim garantir a continuidade da política cultural mesmo com a troca de governo (independente da ideologia).
O secretário lembrou a importância do Arquivo Histórico da Cidade e do Museu da Lapa – hoje esquecido no Centro de Memória (antiga Biblioteca Cecília Meireles da Rua Araçatuba. O Arquivo Histórico de São Paulo é o departamento responsável pela conservação, guarda, identificação e divulgação do conjunto documental produzido pela administração pública municipal desde meados do século XVI até a primeira metade do século XX. E o museu do bairro a memória regional. Aliás, o momento é de fazer história. A manifestação deste domingo contra a corrupção no governo deve entrar para o acervo da Cidade.

A importância dos nossos patrimônios é tão grande que a discussão regional do Plano Municipal de Cultura teve como cenário um local histórico, o Tendal da Lapa. Um galpão de seis mil metros quadrado que iniciou as atividades a partir do “Grupo Teatro Pequeno”, que em 1989, com uma “invasão cultural” no antigo prédio do mais importante entreposto de carnes da região, o Tendal da Lapa. No começo as atividades eram em uma tenda que tinha como linguagem forte o circo e o teatro. Com o tempo outras linguagens foram surgindo.

Rica em história, a Lapa guarda em seu Museu muito da trajetória de personagens que contribuíram para que a região se tornasse o que é hoje, mas o acervo está em uma sala do Centro de Memória e Convívio da Lapa, na Rua Araçatuba, sem a visibilidade merecida. A diretoria do Colégio Heitor Garcia, do Instituto Anastassiadis com apoio do historiador e diretor do Colégio Santo Ivo, José Carlos de Barros Lima fizeram proposta para manter o acervo na região central da Lapa. “Ele pode ser deixado em comodato na instituição privada até que a gente possa fazer um espaço público para manter esse acervo”, disse Nabil.
Falta a comunidade se manifestar no Plano Municipal de Cultura sobre o destino do museu histórico do bairro. Afinal, como disse o secretário, a Cultura é o futuro da educação.

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