Esperança verde

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A preocupação com a preservação do verde levou 12 entidades, entre Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) e associações de moradores assinarem um documento de protesto pela falta de atendimento às podas e remoções de arvores solicitada a Subprefeitura Lapa. Isso mostra que a visão ambiental predatória sobre a natureza do período da Revolução Industrial (século XVIII), mudou. Durante dois séculos, a humanidade acreditava no poder de regeneração e adaptação da natureza, não adotando qualquer medida de preservação e recuperação, hoje as pessoas lutam para manter o verde que resta porque sabe que as árvores trazem muitos benefícios a saúde. Elas absorvem o gás carbônico (CO2) e liberam oxigênio, melhorando a qualidade e umidade do ar, além de absorver ruídos e o barulho na cidade.

Em reunião com o vereador Gilberto Natalini, o grupo de entidades encaminhou o ofício de protesto onde registra a insatisfação com o agrônomo Rafael Golin, responsável pelo serviço na área da Subprefeitura Lapa. Eles alegam que as os pedidos são indeferidas por intermédio de laudos discutíveis que concluem pela não execução das solicitações.
Na realidade, o grupo quer que a manutenção arbórea seja feita de forma preventiva para evitar que as espécies venham a tombar de fraqueza, secas, tomadas por alguma praga urbana como cupins e erva de passarinho, a cada vendaval ou chuva forte, colocando as pessoas em risco.

Entre as reclamações de lideranças da Viva Pacaembu e Associação Amigos da Pompeia estão as ervas de passarinho, uma planta parasita que atacam as arvores e sugam a seiva, podendo causar até sua morte se não for retirada.

O vereador Gilberto Natalini (PV) é um grande defensor do verde, mas lembrou que o problema de poda e remoção se estende por toda Cidade. Ele tem razão, os pedidos do serviço lideram as queixas feitas à prefeitura de São Paulo. Só no primeiro trimestre, a ouvidoria da Prefeitura de São Paulo realizou mais de 18,5 mil atendimentos, que envolvem reclamações, sugestões, elogios ou denúncias. 543 foram relativas a algum problema não solucionado em questões como poda, vistoria de árvores e capinagem de áreas verdes. Número superior 15,8% ao registrado mesmo período do ano passado, 469.
Na Reunião de Zeladoria de 5 de maio, o subprefeito José Antonio Queija apresentou as solicitações pendentes de execução: 1890. 1500 aguardavam apoio da Eletropaulo por estar entre fios da rede elétrica da companhia.

Pelos serviços pendentes e reclamações, a região necessita de mais profissionais para resolver o problema porque os cinco agrônomos da equipe da Subprefeitura parece insuficientes para dar conta das arvores dos mais de 40 km da Subprefeitura.

Priorizar a segurança da comunidade está entre as preocupações do manifesto que também foi encaminhado a outros órgãos da Prefeitura, inclusive ao subprefeito José Antonio Queija que até a quarta-feira, véspera de feriado, afirmou não ter recebido o ofício, mas sim um e-mail de Natalini para uma audiência sobre as podas e remoções de arvores não atendidas.

A esperança é que com o protesto, as arvores que restam na área da Subprefeitura Lapa sejam preservadas para garantir a qualidade de vida e saúde de todos os moradores da região.

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