Da Lapa para o mundo

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Em meio à corrida eleitoral, cafés e visitas de candidatos, o Jornal da Gente recebeu a visita do atleta da ginástica artística e medalhista de bronze Arthur Nory à redação. O jovem acaba de chegar da disputa na Olimpíada Rio 2016 e já se prepara para a de Tokyo. Sua determinação é contagiante. Seu sorriso também.

Nory chegou acompanhado do pai Roberto Carlos Mariano, seu maior fã. Impossível não ser. O medalhista é simples e atende a todas as pessoas com sorriso. A medalha de bronze é pesada, tanto quando a importância da conquista para Nory e para todo povo brasileira. Ao tocá-la a gente se sente um pouco medalhista, graças à simplicidade do atleta lapeano que divide sua glória com os admiradores.

Morador da Lapa de Baixo e o filho do professor de judô com uma professora de natação, Nory iniciou cedo no esporte por incentivo dos pais. Aos 11 anos já sabia que sua vocação não era o judô, e sim a ginástica. Sonhou e traçou metas. Na parede do seu quarto escreveu “eu vou para as Olimpíadas”. Conseguiu. “Quando decidi que a ginástica era o caminho que ia seguir, acreditei que um dia ia estar lá”, disse Nory durante a entrevista ao Jornal da Gente e o Guia Daqui Lapa. Depois escreveu: quero ser campeão olímpico, quero ser medalhista olímpico, e nesta sexta-feira ele dividiu sua vitória bronzeada com a equipe da redação e agora com nossos leitores do JG. Como chegou lá? Ele mesmo explica que todos os dias ao acordar se sentia motivado ao ler a frase na parede.

O jovem estudou em escolas de região e deu seus primeiros passos na ginástica em um curso básico no clube Pelezão. Depois foi para o Pinheiros para traçar um caminho de sucesso.
Suas mãos calejadas mostram o grau de sua superação, mas sua persistência e disciplina servem de incentivo para os jovens que, assim, como ele, sonha em chegar a um pódio olímpico.

Ao saber da premiação disse que passou um filme da sua vida, de tudo que lutou e passou para chegar lá. “Sabe quando você lava a alma e fala: consegui. É uma felicidade muito grande. Quando soube que ia ganhar a medalha, deitei no chão e chorei. Agradeci a Deus por aquele momento. É uma emoção única que espero sentir novamente daqui quatro anos de novo”.

Não é fácil, relata. O atleta de auto rendimento tem que superar muitas barreiras e acreditar que vai dar certo. “Não deixar que as dores sejam maiores que seus sonhos”, diz. Seu exemplo de superação serve para atletas e também para cidadãos. O medalhista de bronze Arthur Nory surgiu na Lapa para conquistar o mundo com seu exemplo de superação e disciplina. Somos todos bronze!

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