O Coronel Arruda participou do Café com Política na quarta-feira (14) a convite da Página Editora e Jornal da Gente, realizado no Flores na Varanda. Candidato pela primeira vez ao cargo de vereador, Arruda trabalhou por mais de 36 anos na Polícia Militar do Estado de São Paulo, é especialista em segurança e doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública. Ele também é professor universitário e autor de livros. Trabalhou na implantação dos Consegs (Conselhos de Segurança) e gerenciou a área de educação da AACD (Assistência à Criança Deficiente). Foi assessor do deputado estadual Coronel Camilo na Câmara Municipal Legislativa e trabalhou com a FIFA como responsável pela segurança da delegação da Argélia na Copa de 2014.
Na Vila Leopoldina, Arruda afirma ter visto diversos pedestres que precisam andar na rua, uma vez que as calçadas estão ocupadas por pessoas em condição de vulnerabilidade social e seus pertences. “A lei fala no direito de ir e vir, mas não de ficar. A via é um espaço comum”, defende o candidato que quer reestabelecer a circulação. Ele também quer restaurar a Operação Delegada, que afirma ter sido reduzida a 20% do que era quando foi proposta pelo seu correligionário Coronel Camilo. “É melhor do que os bicos em postos de gasolina e forrós, em que os PMs perdem direitos porque não poderiam estar lá”, afirma Arruda. A medida visa alocar policiais militares de folga para trabalhar em áreas de comércio popular e ganhar mais pelo serviço.
Outra restauração que Arruda se propõe fazer é a volta do software RAIA, onde os policiais, através de tablets nas viaturas, podem reportar para as subprefeituras problemas de zeladoria como buracos nas vias, falta de iluminação, entre outros. Arruda quer representar os pequenos e micro empreendedores, afetados pela dificuldade de abrir e manter seus negócios com as exigências da prefeitura. “Parece que a cidade não quer empreendedorismo com tanta burocracia. E (a prefeitura) não pode pintar ciclofaixas sem antes falar com os comerciantes. Muitas áreas estão quebradas porque não tem aonde (os clientes) parar”, afirma o candidato.
Uma reclamação frequente dos moradores da região são as festas, os chamados “pancadões”, que ocorrem ao redor de faculdades, causando barulho, sujeira, além de propiciar o tráfico de drogas dentro do bairro. Ao ser questionado sobre esse problema, Arruda se comprometeu a visitar os locais em que ocorrem as perturbações. “Se eu for eleito, com a volta das aulas em março de 2017, vou checar os bares (próximos das faculdades) junto com o PSIU”, promete. Arruda diz que a sociedade vive um momento de desordem e que existe uma demanda da própria população por um sistema mais eficiente. “A desordem tira a fé das pessoas nas instituições. Tem que evitar a perda de confiança no poder público porque se a população começa a agir por si só, voltamos à era da barbárie”, afirma. O candidato também pretende lutar para o aumento de efetivo policial e bom relacionamento entre as corporações.