Uma manifestação de alunos da Escola Estadual Romeu de Moraes, localizada na Rua Tonelero, se transformou em confronto com a polícia. O protesto foi contra o possível fechamento de duas salas na unidade, uma do 6º ano do ensino fundamental, e uma do 3º ano do ensino médio. Os estudantes seriam redistribuídos para outras turmas da escola. Segundo alunos do grêmio estudantil, a polícia solicitou que os manifestantes que estavam na Rua Tonelero liberassem a via, e os estudantes passaram a ocupar apenas uma das faixas. Momentos depois a polícia utilizou spray de pimenta para a dispersão, atingindo 5 alunos. A escola solicitou uma ambulância do SAMU para o atendimento dos atingidos, porém o veículo de socorro não foi até o local. Os menores aguardaram na escola até a chegada dos pais e responsáveis.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo manifestou sua preocupação. Segundo Alexandre Fusco, da coordenadoria da Apeoesp da subsede da Rua Crasso, o fechamento de salas não é interessante do ponto de vista pedagógico, porque poderia comprometer a qualidade do ensino.
Carla Estefan da Associação de Alunos, Pais e Mestres afirma que a ação policial será discutida na reunião do Conseg Lapa na segunda-feira (26), às 19h, na Rua Belchior Carneiro, 100.
A Diretoria de Ensino Centro Oeste informou que desde o primeiro dia de aula do semestre não há salas fechadas e sim uma movimentação natural da rede. Afirma também que na Escola Estadual Romeu de Moraes 168 alunos pediram transferência para outras unidades de ensino. A Secretaria da Educação declarou que não fecha salas, mas sim abre turmas de acordo com a demanda, com movimentação e o acomodamento de classes a partir do número de alunos matriculados em cada escola, obedecendo às normas estabelecidas pela Secretaria da Educação do Estado, que determina 30 alunos por sala do 1º ao 5º ano, 35 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e 40 alunos no Ensino Médio.
A Escola Romeu de Moraes tem atualmente 707 alunos, sendo 417 do ensino médio e 290 do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e passou por um processo de ocupação em 2015 contra à reorganização escolar que tiraria as turmas de ensino médio da unidade, ficando apenas as salas de ensino fundamental.