O trânsito vai parar este sábado, pelo menos de forma parcial, na Avenida Doutor Arnaldo (no Sumaré) para mais uma edição do Programa Cidade Linda. A operação começa em frente à Igreja Nossa Senhora de Fátima (número 1831). Lideranças comunitárias que pretendem presenciar a ação devem acordar cedo para acompanhar a visita do prefeito João Doria, que tem presença confirmada às 7 horas. A ação se estenderá até a frente da Padaria Real, na esquina com a Avenida Professor Alfonso Bovero. Doria irá plantar árvores da espécie Ypê durante a ação.
Representantes de entidades devem aproveitar o momento para falar do manifesto assinado pelos Conselhos Comunitários de Segurança, além de seis associações e dois movimentos de moradores da região e uma escola de samba contra o loteamento político no cargo de chefe de gabinete da Prefeitura Regional da Lapa. No documento, o grupo indica o coordenador do Conselho Participativo Municipal da região, Umberto de Campos Sarti para o cargo.
O manifesto surgiu após a denúncia de irregularidade na fiscalização da aplicação da lei Cidade Limpa divulgada em reportagem da Rádio CBN que resultou em exoneração (a pedido) do chefe de gabinete da regional, Leandro Benko, irmão do secretário de Turismo do Estado, Laércio Benko e presidente do PHS. Leandro nega participação em qualquer irregularidade na Prefeitura e pediu para deixar o cargo até a apuração dos fatos. Desde então, algumas lideranças se uniram na tentativa de evitar a ocupação por algum apadrinhado político.
Em conversa no Café na Redação do Jornal da Gente, o ex-tucano e hoje no PSD, Andrea Matarazzo falou sobre o esquema de propina denunciado pela CBN, envolvendo nomes de funcionários da Prefeitura Regional da Lapa, e de outras, para a liberação de publicidade ilegal, contrariando a Lei Cidade Limpa. Para o político, a solução é a substituição do modelo de fiscalização. Matarazzo acredita que o investimento em tecnologia é um grande auxílio para o combate à corrupção.
O prefeito regional da Lapa, Carlos Fernandes diz que é funcionário público e o cargo é de decisão superior, ou seja, do secretário de Prefeituras Regionais e vice-prefeito Bruno Covas e do prefeito João Doria.
Seja quem for o indicado para ocupar a cadeira de segundo cargo forte da Prefeitura Regional da Lapa, deve estar disposto a ouvir os moradores, aguentar cobranças, críticas, pressão política e da comunidade. E até elogios. Tem que ser uma pessoa preparada e merecedora do salário de R$ 18 mil, que, ao mesmo tempo, corresponda ao desejo da comunidade de honestidade, transparência e imunidade a qualquer ato de ilegalidade, de corrupção.
No manifesto estão os três Consegs da área da Prefeitura Regional da Lapa (Leopoldina, Lapa e Perdizes) e sete entidades (Assampalba, Amocity, Vila Leopoldina, Viva Perdizes, Movimento Vila Jaguara, Comissão de Idosos da Lapa e até Movimento Parque Toronto) além de sete conselheiros Participativos, um do Cades Lapa e três de Saúde. Apesar de não ser unanimidade, o nome do morador da Leopoldina tem vários apoios de peso da região, até mesmo da Escola Império Lapeano. Será que vai dar samba?