Jairo Glikson e Carla Banietti, do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da Vila Leopoldina, e Luciana Moreschi, moradora e síndica de um condomínio do bairro, se reuniram com o secretário municipal de Segurança Urbana, Coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, na terça-feira (20). O secretário apresentou o projeto City Câmeras, programa de iniciativa da Prefeitura de São Paulo com o objetivo de constituir uma rede de monitoramento com câmeras públicas e privadas instaladas pela cidade. Ao aderir ao projeto, condomínios, casas e comércios irão conceder as imagens de suas câmeras de vigilância para um sistema o sistema integrado que poderá ser acessado pelo Comando da Guarda Civil Metropolitana, Polícia Militar e Civil.
O projeto foi iniciado em julho de 2017 e já conta com 1236 câmeras. “Quando entrei aqui eu tinha 75 câmeras e gastávamos R$ 320 mil. Hoje temos essas 1236 câmeras sem nenhum gasto”, explica o secretário. Ele fala da importância da colaboração entre a população e o poder público. “São Paulo tem 1 milhão de câmeras. Se a gente tiver 200 mil câmeras seremos uma das cidades mais monitoradas do mundo. Isso ajuda todo mundo. E as pessoas começam a entender que segurança pública é dever do estado e direito e responsabilidade de todos. Começam a entender que podem ajudar. Por mais bandidos que tenhamos na cidade é infinitamente menor que o número de pessoas de bem. Se nós nos unirmos no sentido de ajudar naquilo que for possível para cada um, não tem para ninguém, os caras vão começar a desistir de praticar (crimes)”, diz.
Apesar da região da Lapa já contar com mais de 100 câmeras no programa, a diretoria do Conseg Leopoldina se preocupa com a baixa presença de câmeras no bairro, apenas no entorno do Pelezão e em outras duas vias, e buscam divulgar o projeto para comerciantes e moradores. “É de extrema importância a comunidade participar do programa City Câmeras porque nós vamos aumentar a sensação de segurança na região e no bairro. Na região da 2ª Cia. do 4º BPM não temos câmeras e esse engajamento da população com o projeto é lucrativo para todos. A gente acaba ajudando a polícia civil, militar, GCM, órgãos de segurança. É um dever, uma responsabilidade que todos deviam abraçar e incorporar, desde condomínios residências e estabelecimentos comerciais”, declara Jairo Glikson, presidente do Conseg Leopoldina.
Carlos Fernandes, prefeito regional da Lapa, dialoga com os responsáveis por estabelecimentos comerciais, condomínios e outros órgãos da região da Água Branca, para implementar o projeto por causa do grande fluxo de pessoas que circulam na região do Allianz Parque, prédios da Uninove, Espaço das Américas, metrô e CPTM, entre outros.
Quem já tiver câmeras de segurança com as configurações necessárias (com tecnologia HD e transmissão mínima de 12 frames/fotos por segundo) pode entrar em contato com uma das 19 empresas habilitadas para conectar a câmera com a plataforma de compartilhamento de arquivos em nuvem (armazenamento de dados remoto). O custo em média para contratação do serviço é de R$ 49,90 mensais por câmera. Quem quiser saber mais pode acessar o site do projeto (www.citycameras.prefeitura.sp.gov.br).