Saúde, educação e segurança. Todos esses temas estão presentes nas matérias desta edição do JG. São também motivo de grande debate entre os moradores da região e deveriam estar permanentemente em pauta na agenda dos governos.
A segurança talvez seja a preocupação mais urgente, uma vez que afeta diretamente nossa integridade física e patrimonial. Mas, se pensarmos bem, não deixa de ser uma grande forma de violência quando a população é negligenciada com a falta de qualidade na saúde e educação. O baixo investimento e precariedade nos serviços são responsáveis pelo grande abismo entre o País que temos e o que poderíamos ter.
A Lapa conta com bons representantes nos conselhos gestores dos equipamentos de saúde da região. Pessoas que abraçam a causa e lutam para conseguir melhorias, entender os processos administrativos e denunciar as irregularidades.
Nesta semana, foi realizada uma audiência pelo Ministério Público para apurar e entender o processo de fechamento das AMAs pela Prefeitura. A Secretaria de Saúde afirma tratar-se de uma simples reorganização, cujas demandas serão absorvidas por outros equipamentos. A população criticou a perda de um canal de atendimento, quando toda a rede de saúde apresenta problemas.
Nossa Constituição entende a saúde como um direito de todos e dever do Estado, com acesso universal à população, do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de órgãos. Na teoria, um modelo que parece muito bom. Mas na prática não é bem assim. Não adianta ter uma previsão na lei se, no momento de necessidade, é preciso esperar horas em uma fila para ser atendido, faltar materiais para um procedimento ou, pior, uma doença avançar por causa da demora para conseguir marcar uma consulta. É compreensível as iniciativas do poder público em cortar gastos após a crise que até hoje afeta o País. Mas governo após governo, crise após crise, a população têm dificuldades para encontrar a eficiência e eficácia que um bom sistema de saúde pressupõe.
Apesar das dificuldades que temos para exercer plenamente os nossos direitos, alguns casos nos surpreendem de forma positiva. Como o caso de uma ex-aluna da região que poderá representar o Brasil no exterior por causa de um projeto que desenvolveu em sua escola. Ainda não contamos com o investimento público desejado para a educação, mas, felizmente, temos um povo bastante solidário que pode ajudar muito uma pessoa que, em troca, quer estudar para ajudar muitas outras. Saiba mais sobre essa história nas próximas páginas.