Representantes da Associação Viva Leopoldina (AVL) e Amocity participaram de dois encontros na quinta-feira (7) para discutir grandes projetos previstos para a região, o PIU (Projeto de Intervenção Urbana) Vila Leopoldina/Villa-Lobos e a ponte que vai ligar Pirituba à Lapa pela Avenida Raimundo Pereira de Magalhães.
A primeira reunião foi no gabinete do deputado estadual Coronel Camilo. Os moradores apresentaram suas preocupações em relação ao projeto da MRV, se a ponte não contemplar uma alça de acesso para a Marginal Tietê. Em relação ao PIU, o grupo entende que as melhorias propostas pela Votorantim serão benéficas para a região da Vila Leopoldina, mas que a população que mora no entorno da Ceagesp deve ser contemplada com um terreno sem contaminação. O parlamentar concordou com o posicionamento dos moradores. “As pessoas das comunidades precisam de ajuda e a Votorantim pode ajudar, mas deve ser escolhido um lugar bom”, afirma Coronel Camilo.
Em seguida, o grupo se encontrou com a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Heloisa Proença, e Leonardo Castro, diretor de desenvolvimento da SP Urbanismo, no Edifício Martinelli, para discutir especialmente o caso do PIU. “A reunião foi positiva. A ideia é desenhar uma nova proposta de cenário que atenda a todos os envolvidos. A Votorantim, que deseja investir, as moradias populares, as empresas, os comércios e os moradores em geral. De forma alguma somos contrários à habitação de interesse social, mas defendemos que a população esteja em um terreno adequado, sem a contaminação que pode impactar na saúde das pessoas que vão viver ali”, afirma Carlos Alexandre Oliveira, da AVL.
Os moradores querem iniciar um diálogo com ONGs que atuam na Leopoldina, com os moradores das comunidades e com a Votorantim, para que possa ser construído um plano alternativo, de forma coletiva, que atenda as demandas de toda a população do bairro.