Recebemos com surpresa a escolha arbitrária do Carnaval com megablocos na Vila Leopoldina, sem diálogo com empresas e sociedade local, contrariando inclusive portaria municipal que proíbe desfiles no local.
Exportação do evento do Largo da Batata, com largo histórico de tumultos, brigas, furtos, arrastões, urina e desmaios em função do álcool, e até uso de bombas para a dispersão dos foliões. Em 2017, o então secretário Sérgio Avelleda, admitiu que a folia “saiu do controle”, com registro num único sábado de 400.000 foliões na área.
A Gastão Vidigal é a principal artéria local com diversos condomínios, comércios e a CEAGESP. São 17.000 veículos e 50.000 pessoas transitando por lá diariamente. A operação corre o risco de colapsar, colocando em risco o abastecimento da cidade.
Some-se a isto problemas de segurança (cracolândia próxima), sociais (o que farão com centenas de moradores de rua?), trânsito, prejuízos ao comércio local, estações de metrô e trem sobrecarregadas, barulho, sujeira, e o direito de ir e vir cerceados por dias.
A Prefeitura falha quando retira das Subprefeituras a condução da organização e não planeja com a sociedade.
O Carnaval de rua não traz benefício algum aos bairros que o recebem. É castigo para quem reside ou trabalha na região. Desgastado determinado local exporta-se o problema para outro. Será que esta é a vontade da grande maioria dos paulistanos?