Saldo positivo…por enquanto

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A região tem muito a celebrar com esse carnaval, afinal, os dois primeiros lugares do desfile das escolas de samba vieram para cá. A Águia de Ouro conquistou seu primeiro título após 43 anos de fundação e a Mancha Verde foi a vice após ter conquistado seu também primeiro título em 2019.

Mas carnaval é e sempre será um divisor de opiniões. Há quem goste e quem odeie. O carnaval de rua por aqui tem sido tranquilo este ano. Enquanto na Rua Henrique Schaumann duas pessoas foram baleadas, na Avenida Luís Carlos Berrini cinco foram atingidas por tiros no pré-carnaval, três pessoas foram feridas com faca na Rua Teodoro Sampaio e um homem morreu após o que afirmam ter sido um latrocínio no Largo do Arouche, a Lapa ficou incólume.

O 4º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, responsável pelo policiamento na região, contou com um efetivo de 698 policiais, número que foi reforçado com o apoio de outros batalhões, para atuar especificamente na Avenida Marquês de São Vicente, onde foram colocados os megablocos. Segundo a Polícia, o público foi menor que o esperado, talvez pelo clima que não era dos mais convidativos, e tudo correu bem, sem flagrantes de roubos ou mesmo foliões que procuraram os agentes de segurança para reportar furtos.

A mobilização continua neste final de semana com o pós-carnaval. O Bloco KondZilla, ligado ao selo KondZilla Records que é considerado o maior difusor do funk no Brasil, estará na Marquês de São Vicente no domingo. O bloco estava previsto originalmente para o Circuito Berrini, mas foi transferido para cá. Nas mídias sociais, muitas pessoas se organizam para vir de outras cidades para aproveitar o bloco.

A transferência do desfile para a Lapa pode ter sido motivada pelo sucesso da implantação de um corredor de serviços, feito pela primeira vez na Avenida Marquês de São Vicente no carnaval do ano passado, onde policiais, bombeiros e funcionários da prefeitura podem circular livremente por toda a extensão do bloco. Outros locais da cidade tentaram implementar o corredor, mas a área sem supervisão acabou sendo invadida pelos foliões.

Há quem diga que o funk não é um som carnavalesco, mas é quase inevitável comparar a história do funk com a do samba, ritmos que começaram nas comunidades, foram associados ao crime, sofreram preconceito e depois caíram no gosto das pessoas, além de terem fãs em todas as camadas da sociedade.

Gosto musical não se discute e o importante é que as festas e as ruas sejam seguras para todos, sem roubos, brigas ou assédio. O ano todo.

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