Ros Mari Zenha, pesquisadora da Unidade Técnica Habitação e Edificações do IPT
Na sexta-feira, 22, em evento na Câmara Municipal, foi lançado o livro didático “Ruído e Nossa Saúde”, do qual sou coautora. Para mitigar a poluição sonora, os autores recomendam normas técnicas acústicas inequívocas, legislação e fiscalização eficientes, educação ambiental e exercício da cidadania com respeito e tolerância entre as pessoas. Em 1910, o prêmio Nobel Robert Koch já alertou que “um dia o homem terá que lutar contra o ruído tão ferozmente quanto contra a cólera e a peste”.
O mundo de hoje reúne a maior parte das pessoas num mesmo lugar: as cidades. Atualmente 60% da população global residem em ambientes urbanos, podendo chegar a 68% até 2050, segundo dados da ONU. O ruído acompanha o processo de concentração humana nas cidades. Desejamos viver em cidades onde os incômodos sonoros sejam mínimos nos ambientes de trabalho e de convívio social. Portanto, é hora de dar mais atenção às implicações sociais e ambientais da poluição sonora. Seus efeitos na saúde e no bem-estar da população sugerem prioridades no enfrentamento desta questão, antes que se torne uma epidemia planetária, conforme pontuou ‘The Lancet Regional Health – Europe’ de 2023.