Gilberto Natalini, médico, ex-vereador e ex-secretário municipal de Mudanças Climáticas de São Paulo
Nos momentos de eventos climáticos extremos, sejam chuvas volumosas, sejam ventos violentos, acontecem quedas de muitas árvores nas cidades, particularmente em São Paulo. Nestes momentos, parte significativa das pessoas tem opiniões contrárias à arborização e surge uma tendência de suprimi-las.
Meu mantra: “Árvores: ruim com elas? Muito pior sem elas!” As árvores são seres vivos indispensáveis na vida de uma cidade, principalmente uma metrópole como São Paulo. Quando caminhamos na rua sob um sol escaldante de mais de 30 graus e alcançamos a sombra de uma árvore, vemos um alívio de queda de temperatura, como se fosse um ar-condicionado natural.
Também sabemos que no entorno das árvores plantadas há a absorção da água da chuva, contribuindo para a permeabilidade do solo e no combate à poluição do ar, absorvendo poluentes. Além disso, está comprovado que uma árvore com copa grande evapora cerca de 400 litros de vapor d’água por dia, melhorando a umidade do ar e o controle da temperatura.
São Paulo tem 652 mil árvores no viário: ruas, praças e outros espaços. Não se contam aqui cobertura arbórea das matas e dos parques da cidade. Todos eles são muito importantes.
O segredo do sucesso é plantar, plantar sempre, “a árvore certa, na hora certa, no lugar certo”. E cuidar das árvores, o poder público, e cada vez mais a população.
Nós só temos a ganhar com isso.