Carlos Alexandre de Oliveira é Diretor de Relações de Governo da Associação Viva Leopoldina (AVL) e Conselheiro do Parque Orlando Villas Bôas
O Bosque dos Salesianos, situado numa a área considerada Imune de Corte e Patrimônio Ambiental, de acordo com o Decreto Estadual 30.443/1989 (artigos 1º e 4º), e que proíbe explicitamente o corte de árvores no bosque, está sob ameaça. A legislação visa proteger a biodiversidade e os ecossistemas locais, reconhecendo a importância da vegetação urbana para a manutenção dos serviços ecossistêmicos e a preservação da fauna e flora.
A obra já havia sido multada pela Prefeitura de São Paulo por “executar movimento de terra, sem o prévio alvará de execução”. A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento disse que os alvarás de Aprovação de Edificação Nova e de Demolição seguem em análise.
Os moradores foram lutar, e pasmem, estão sendo processados pela construtora Tegra, que detém grande poder econômico. Uma estratégia equivocada e que soa intimidatória, pois isso fortaleceu ainda mais a luta pela causa ambiental na região. O caso foi parar no MP, que ingressou com uma tutela antecipada de urgência, até agora exitosa em prol do meio ambiente.
Há uma questão no ar: como os Salesianos conseguiram desmembrar a área e vender justamente aquela com cobertura vegetal a uma construtora?
É preciso preservar a cidade evitando o excesso de prédios, especialmente as poucas manchas verdes que resistem ao cinza que cresce. Que haja um desfecho positivo ao meio ambiente!