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Gostaria de ressaltar a importância do processo eleitoral para a democracia e lembrar que ele não se exaure no momento de votação.
Na verdade, inicia-se bem antes, com a tomada de consciência dos cidadãos – seja na qualidade de eleitores ou futuros candidatos – e prolonga-se no tempo, pois só depois de certo período é que seus efeitos são sentidos pela sociedade.
Nesse ano, especialmente, com a entrada em vigor da chamada Lei da Ficha Limpa, ganhou novo destaque o processo eleitoral, vindo à tona o desejo da população de que as eleições estejam em sintonia com os princípios éticos.
O voto foi um direito conquistado depois de muitas lutas e consolidou-se em nosso país, que já enfrentou ditadura, muito recentemente. Mas não apenas aqui. Analisando a realidade de outros países, vê-se que há algumas décadas, por incrível que pareça, havia ainda tantas restrições ao voto, que muitos ficavam excluídos do processo democrático pelas mais diversas razões, até mesmo pelo sexo ou cor da pele.
Mas, como dito antes, o processo democrático não acaba quando da votação. Longe disso. É o ato de votar apenas um breve momento, apesar de importante.
Por isso é fundamental não apenas que tomemos consciência do valor de nossas escolhas como eleitores, diante das urnas, mas como cidadãos. Não basta que se critique quem toma as decisões, quem faz as escolhas. É preciso estar preparado também para tomá-las.
