Carmen Gebaile

Ela é uma Artista Plástica de primeira grandeza: pintora e escultora. Posso testemunhar que, desde a sua mais tenra idade, duas qualidades ornam a sua personalidade: beleza e bondade. Acho que esses são os dois pilares de sua obra artística, produzindo um turbilhão de cores e um impressionante mundo de formas.
Duas de suas obras estão no Palácio Nove de Julho, no Ibirapuera: um painel enorme na ante sala do Salão de Debates da Assembléia Legislativa do Estado e uma grande figura massiva, de cimento, pesadíssima, no jardim frontal do Palácio: é “O Onte”, uma forma dinossáurica, estilizada, do passado extinto da Terra. No painel, formado por centenas de pequenas telas que se interligam em cores que surgem e fogem, em busca de luminosidade de beleza que as palavras não descrevem; esses pequenos quadros formam uma enorme pintura, que parece vir do espaço-tempo e mergulhar de volta a esse espaço-tempo misterioso, de luz e sombras. Essa pintura recebeu consagração numa página inteira do Diário oficial do Legislativo Paulista. Quanto ao “Onte”, apesar da forma maciça, das linhas quase que indistinguíveis, ele transmite mensagem de força inabalável. É belo! É forte! Conquistador!
 Carminha tem centenas de quadros e centenas de esculturas. E essas obras falam à alma de quem as vê: pés, pernas, flores, cobras, botas pretas com flores brancas… uma profusão que está a exi-gir uma exposição individual em grande espaço.
E, agora, ela fez o “Marco da Lapa”, logo na entrada da Rua Guaicurus, na Praça dos Inconfidentes, defronte à centenária “União Fraterna da Lapa”! Parecem duas mãos saudando os que entram em nosso querido bairro. Vale a pena diminuir a velocidade para ver os dois obeliscos que dão boas-vindas aos que chegam e aos que voltam à Lapa: parecem dois grandes braços prontos para abraçar!
O que escrevi é pouco para uma tão notável Artista. Eu a amo com todo meu coração e com todo o meu pensamento. É minha filha!