Desde o dia 6 de julho está liberada, respeitando-se a legislação vigente, a propaganda política visando às eleições 2010. Como sempre acontece nesses períodos, a região será alvo da visita de candidatos que disputam cargos no Executivo e nos Legislativos (federal e estadual), numa maratona que será acompanhada passo a passo pelas equipes de reportagem do Jornal da Gente.
No embalo dessa movimentação político-partidária, abriremos nossa redação para uma série de encontros (café da manhã) com os candidatos.
Vale lembrar que, seguindo a linha editorial de um jornal engajado com a realidade regional (bairros da Subprefeitura da Lapa), estabelecemos alguns critérios que norteiam a elaboração dessa agenda política, algo anteriormente feito por conta das eleições municipais de 2008. Serão recebidos pela diretoria e jornalistas do JG candidatos que se encaixem numa dessas três situações: já atuem politicamente na região da Sub Lapa, mantendo contato regular com entidades locais; tenham pretensão de atuar politicamente na região e sejam apresentados à sociedade por entidades de representação local; desejam iniciar um trabalho político na região, sendo apresentados localmente por liderança política que já tenha estabelecido vínculos com as comunidades locais.
Vamos levar a esses
encontros uma pauta cen-
trada na discussão e análises de temas regionais que já fazem parte da agenda de reivindicação comunitária: expansão da rede metroviária, reformulações na rede ferroviária, investimento em obras de combate às enchentes, recursos para a nova sede do Fórum da Lapa, novos efetivos na área de Segurança Pública, melhorias no atendimento das ocorrências nos Distritos Policiais, investimentos nas áreas de saúde, educação e cultura, entre outras questões.
O objetivo desse diálogo é duplo: mostrar aos candidatos o panorama real dos cenários locais e vê-los assumir uma posição de comprometimento pessoal com as demandas locais, o que equivale a inseri-los concretamente na dinâmica dos bairros da gente. Se eleitos, deles esperamos – e democraticamente cobraremos – o estabelecimento de uma interface direta e permanente com as comunidades locais.
No âmbito das Ciências Políticas, esse tipo de relacionamento eleitor-candidato é chamado formalmente de democracia representativa. Para construí-la, de fato, é preciso caminhar numa via de mão dupla, onde os políticos deixem de lado o oportunismo típico de períodos eleitorais e nós, eleitores, saibamos exercer o direito de voto de forma madura e consciente.