O delegado titular do 7º DP da Lapa, Manuel Adamuz Neto, foi aplaudido pelos moradores presentes na última reunião do Conselho Comunitário de Segurança da Lapa , em maio, ao dizer que não haverá mais troca de delegado nem funcionários nos distritos. “A não ser que haja alguma falta grave”, explicou o policial.
Segundo ele, a nova Portaria do Delegado Geral de Polícia, publicada em abril, nada tem que ver com pedido do Conseg. “Foi uma determinação do Delegado Geral para todo o Estado, que possibilita uma maior continuidade nos trabalhos investigativos, dando maior tranquilidade a comunidade”.
A portaria citada por Adamuz Neto foi publicada no dia 17 de abril e disciplina os procedimentos administrativos para edição de atos de remoção de delegado considerando a hipótese de pedido do interessado ou deliberação do Conselho de Polícia Civil. A Portaria põe fim a dança das cadeiras de titulares quando de alguma alteração na cúpula da polícia, como vem ocorrendo nos últimos anos nos distritos da região. Adamuz Neto está no cargo desde fevereiro.
Furtos e roubos
O desafio do delegado não é diferente dos seus antecessores: o combate aos roubos e furtos, principalmente de veículos. Entre as maiores reclamações da reunião do Conseg Lapa estava, justamente, os roubos e furtos na Rua Barão do Bananal, região apontada como foco preferido dos criminosos. Durante entrevista ao Jornal da Gente, ele fez um levantamento (do Índice de Criminalidade com base nos Boletins de Ocorrências) e constatou queda nas ocorrências. Na comparação de 1º de janeiro a 27 de maio de 2009 com o mesmo período de 2010, houve queda de uma ocorrência. “No ano passado entre furtos (36) e roubos (13) foram registrados 49 B.O.s e este ano 48, sendo 24 furtos e 14 roubos. Baixou um, mas baixou”, afirmou o delegado.
Se comparado o período de 27 de abril a 27 de maio de 2009 com o mesmo período de 2010, a queda foi consideráve na Barão do Bananal: 20 ocorrências (16 furtos e 4 roubos) contra 5 (4 furtos e 1 roubo). “Pelos Boletins de Ocorrência registrados, o problema não é tão feio quanto falam”.