O quadro São Paulo Apóstolo – O Padroeiro da Cidade de São Paulo de Anita Malfatti deixa a casa do colecionador Alayr Nardella na região da Lapa, para exposição “A arte sacra de Anita Malfatti”, no Museu de Arte Sacra de São Paulo (Avenida Tiradentes, 676), onde serão expostas 23 obras da artista modernista.
Neto de uma modista que vestia a aristocracia paulistana e de avô que escrevia peças teatrais, Nardella conviveu com muitos artistas em sua infância. “Minha avó tinha um atelier de alta costura onde circulavam muitos deles. Eu vivi neste meio. Anita era da família, Tarsila do Amaral, Heitor Villa-Lobos, Di Cavalcanti”, conta o colecionador.
Arquiteto por formação, o guardião de Anita aprendeu a pintar com a própria artista, apaixonando-se pela arte ainda criança. “No começo do século 20, Anita Malfatti antecipou a pintura do futuro, da arte moderna. Ela desestruturou a forma e a cor da pintura tradicional”, comenta Nardella.
O quadro, um óleo sobre tela, será a peça central da exposição que irá mostrar a arte e o lado religioso da artista. Guardado a sete chaves por Nardella, São Paulo Apóstolo – O Padroeiro da Cidade de São Paulo poderá ser visto no domingo, quando o museu abre a exposição, gratuitamente ao público, em comemoração ao aniversário de São Paulo. “São Paulo Apóstolo foi criado por Anita para homenagear o 4º Centenário da Cidade de São Paulo”.
Outra obra do colecionador que estará entre as 23 telas da exposição será Moisés, um óleo sobre madeira da década de 30. “A arte sacra de Anita Malfatti” será aberta às 11h do domingo e permanecerá no museu até o dia 31 de maio.