Haddad assina acordo para transferência da Ceagesp

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Objetivo é transferir o entreposto e retirar os caminhões da Cidade

O prefeito Fernando Haddad assinou na tarde de terça-feira (23) um Acordo de Cooperação Técnica para Implantação de nova Central de Entreposto e Abastecimento no Município de São Paulo com a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e ministro Nelson Barbosa (do Planejamento, Orçamento e Gestão) na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O documento viabiliza o estudo de um novo local para abrigar a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), vinculada ao Ministério da Agricultura. 

A Ceagesp ocupa um terreno de 700 mil metros quadrados na Vila Leopoldina, onde permissionários comercializam produtos de 1500 municípios de 22 estados brasileiros e também de outros 19 países. Pelo local, circulam diariamente cerca de 50 mil pessoas e 12 mil veículos, além de 11 mil toneladas de alimentos frescos (frutas, legumes e verduras).  

Em março do ano passado, o governo federal retirou a Ceagesp do Programa Nacional de Desestatização, medida que possibilitou o início do processo de mudança. Segundo Haddad, em estudos realizados pela Prefeitura, a Ceagesp foi considerada o principal entrave ao desenvolvimento da região oeste. Entre os motivos apontados para a mudança está a redução no trânsito de caminhões no centro expandido da capital. O prefeito defende a transferência do entreposto para um local mais adequado. Haddad tem projeto de transformar o terreno da Leopoldina em um bairro moderno que inclui moradia de interesse social.

Caberá à Ceagesp (proprietária da área) a licitação de um novo terreno. Para o presidente da Ceagesp, Mario Maurici, a ministra Kátia Abreu (da Agricultura) deu uma tarefa difícil. “Ela traçou um horizonte de dois anos para implantação do novo mercado. Há situações que independem da nossa governabilidade, como o processo de licenciamento ambiental e a participação da iniciativa privada. O projeto de transferência está orçado entre R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões. A Ceagesp, que é uma empresa do Governo Federal, não tem esse recurso. Quando se fala de gestão compartilhada, a dúvida é se há empresários dispostos a colocar dinheiro para construir um novo mercado ou se eles querem que a União faça o investimento e lhes entregue a administração. É preciso discutir bem o assunto”, afirma Maurici. 

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