Mesmo sem receber um tostão da Subprefeitura, Lena Wild é uma mulher determinada que faz um trabalho de resistência no Espaço Cultural Tendal da Lapa. Professora do curso de Artes Interadas, ela critica a postura do subprefeito Paulo Magalhães Bressan, que ainda não renovou contrato com os professores do Tendal. Para Lena, o Centro Cultural tem um agravante. “É o Paulo Bressan. Ele não está nem aí para a cultura. Ele não se envolve e até hoje não renovou os contratos ou veio assistir uma apresentação. Não por falta de convite”, desabafa a artista.
Resistência
Lena conta que os profissionais resistem, dando as aulas, para não interromper suas pesquisas e, ao mesmo tempo, atender às pessoas dos cursos do Espaço Cultural. Sem nenhum tipo de remuneração, ela vem se mantendo seu trabalho como artista plástica. “Faço peças e vendo para manter a casa e o transporte. Os próprios alunos levam cesta básica para ajudar” .
Dos 35 anos de experiência na carreira cultural, dos quais 12 no Tendal, Lena afirma que não é a única que está sem salário. “Outros professores do Tendal estão na mesma situação. Este ano a Subprefeitura não renovou nenhum contrato”, afirma ela.
Determinada a transformar a vida das pessoas por meio de suas aulas, ela lamenta a falta do contrato. “Duzentos alunos estão inscritos no curso. Tem uma verba para pagar os professores, mas eles (Estado e Prefeitura) fazem a Virada Cultural. A Política Cultural implica em continuidade de um processo”, afirma Lena ao criticar gasto com a iniciativa sem continuidade das atividades.
A Subprefeitura da Lapa foi consultada sobre a situação do Tendal, mas até o fechamento dessa edição não respondeu às críticas de Lena.
