Morador critica barulho das obras do Asfalto Novo

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Foto: Divulgação

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Parte de asfalto deixado em calçada na Rua Guaicurus após recapeamento

Apesar de ressaltar a importância da renovação do asfalto pela região, o morador Evaldo Valente afirma que a vida dos moradores das vias contempladas pelo programa não foi fácil durante o período de obras, com bastante barulho. “As obras de recapeamento das ruas da Lapa, sobretudo as de maior volume de tráfego, são muito importantes e deveriam ser realizadas com menor intervalo de tempo, mas nada justifica o descaso com os moradores observado durante as madrugadas de obras. Nos países do primeiro mundo, onde o asfalto está sempre impecável, o serviço de recapeamento transcorre sem grandes incômodos para a população, mesmo quando realizado em avenidas de grande movimento, o que demonstra o descaso da empreiteira contratada e da Prefeitura Regional da Lapa com os trabalhos atuais, onde se observa graves problemas. A britadeira, equipamento que produz grande ruído, só deve ser utilizada quando estritamente necessária e ter o uso programado para ocorrer entre 20h e 23h, e não durante a madrugada, como vem acontecendo. O trânsito apresenta sensível redução após às 20h, mas os serviços só começam após a meia-noite, o que é totalmente injustificável. O planejamento prévio do uso da britadeira também permitiria que o caminhão que transporta o compressor de ar acionasse a marcha a ré em poucas situações, diminuindo o barulho do alarme de ré do veículo, também usado no serviço de remoção dos detritos do asfalto velho, o que vem ocorrendo com equipamento inadequado que precisa ser trocado, usando um aspersor de detritos no lugar do soprador, que limpa a superfície a ser asfaltada, mas suja toda a via e os imóveis vizinhos”, diz.

Valente também relata que a sujeira remanescente do trabalho atrapalhou a circulação de pedestres. “As calçadas também não devem ser usadas como depósito do asfalto removido da via, o que atrapalha a saída de veículos e a circulação de pedestres, que ocorrem mesmo durante a madrugada. A sujeira inevitável deve ser prontamente removida pela empreiteira. Caminhões e demais equipamentos, quando sem uso, não devem ser mantidos ligados, o que tem ocorrido com muita frequência, às vezes por longo tempo e junto de imóveis residenciais. A guarda desses veículos durante o dia também não pode ocorrer em ruas residenciais, o estacionamento da Prefeitura Regional é um lugar mais adequado. A fiscalização dos trabalhos pela Prefeitura Regional e a cobrança de um planejamento prévio também diminuiriam o uso indiscriminado da buzina dos veículos e os gritos dos funcionários”, relata.

Questionada sobre o caso, a Secretaria Municipal de Prefeituras Regionais, responsável pelo programa, informa que as obras do Asfalto Novo vão continuar na região, no segundo semestre, e novas vias entrarão em estudo. A Rua Guaicurus, que foi citada, que já está concluída e teve 1.730m (18.550m²) recapeados. Afirma ainda que a escolha das avenidas levam sim em consideração não só o seu estado atual bem como o volume de tráfego. As empresas seguem determinação de horários emitidos pela CET, chamados TPOV Termo de Permissão de Ocupação de Vias e seus horários buscam minimizar ao máximo o impacto no fluxo de carros e principalmente de ônibus. O horário é liberado entre 20h e 5h. Até que a via seja interditada e os trabalhadores e equipamentos sejam mobilizados, o horário do início avança, mas tudo dentro do prazo autorizado.

Ressalta também que as sirenes de ré são uma obrigatoriedade da legislação devido à segurança de todos, inclusive trabalhadores, e que utiliza-se bob cat (para a limpeza) que possui escova e aspiradores, mas o material fino há a necessidade de compressor e soprador de ar para melhorar aderência do material ligante. O rompedor (britadeira) tem que ser utilizado somente após a liberação da via, pois é necessário o recorte do asfalto para encaixe da massa. Durante a execução dos serviços, eventualmente, acumula-se material fresado até a chegada de caminhões para carga, mas quando os serviços são finalizados são removidos. Somente equipamentos necessários são mantidos ligados, como, por exemplo, o caminhão que transporta o material ligante que deve ser mantido em temperatura elevada. Podemos estacionar desde que a via não seja restritiva a esse tipo de tráfego.

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