Enquanto a Lapa não recebe a nova sede que unificará todas as Varas do Fórum Regional, melhorando o atendimento e desafogando o trabalho dos juízes, uma saída encontrada pelo Poder Judiciário foi formalizar acordos com Faculdades e Universidades para o atendimento inicial do cidadão.
Esse tipo de parceria foi firmado com as Faculdades Integradas Rio Branco, cujos alunos do curso de Direito participam de um programa que filtra as demandas da Vara da Família. “Nossos alunos foram orientados a receber mães e esposas que abrem processos para o recebimento de pensão alimentícia”, explica o coordenador do curso, Paulo Sérgio Feuz. “É uma maneira deles vivenciarem a prática jurídica, tomando contato direto com uma realidade cheia de problemas e de carências”, acrescenta o docente.
Segundo ele, os alunos registram o pedido inicial das cidadãs, que então ficam sabendo, de imediato, o dia e hora da primeira audiência com um dos dois juízes da 2ª Vara da Família. “É um trabalho excelente, que beneficia a comunidade mais carente. Além disso, os próprios juízes e advogados saem ganhando, pois elimina-se uma fase burocrática de cartório, agilizando o andamento do processo”, afirma a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Lapa, Helena Maria Diniz.
Aluna do 7º semestre do Curso de Direito, Daniele Borges era uma das 12 estudantes que no sábado, 25, prestava atendimento às mulheres que davam entrada a pedidos de pensão alimentícia. “Resolvi participar desse projeto não só para obter conhecimento, mas também por entender que, dessa forma, posso ajudar a quem precisa de um amparo jurídico”, afirma Daniele.