Mercado une a comunidade

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O ambiente comunitário de um mercado municipal, como o da Lapa, em contraste com as relações impessoais que acontecem, por exemplo, no interior de um grande supermercado, motivaram a lapeana Raquel Rennó a embarcar numa apurada pesquisa. Desse trabalho resultaram uma tese de mestrado em Semiótica na Pontifícia Universidade Católica e o livro “Do Mármore ao vidro”, lançado na sexta-feira, 7, nas dependências do Mercado da Lapa. “O vidro representa justamente as relações mais frias, que vivemos quando vamos a um supermercado. Já o mármore faz analogia com o antigo, como, por exemplo, os laços que as pessoas aqui da Lapa criaram com o mercado local”, explica Raquel Rennó.
A autora ressalta que os mercados municipais crescem com a cidade sem perder as características básicas que os definem. “Eles ainda se apresentam como locais de circulação e encontro. O consumo ocorre em decorrência das relações que se estabelecem e não o contrário”, afirma Raquel.
A pesquisadora propõe que as pessoas revistem o mercado, num passeio mais atento capaz de reeducar os sentidos, deixando-se levar pelas surpresas que o espaço apresenta. “Existe uma ligação umbilical com o bairro. Há uma mistura de sotaques italianos, portugueses e orientais que se misturam com a venda de produtos nordestinos. Enfim, o Mercado da Lapa é cara de São Paulo”

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