Eduardo Fiora
O que há de comum entre um jovem e genial compositor do século XVIII e os alunos de uma tradicional escola confessional, localizada no coração da Vila Hamburguesa? A resposta pode ser encontrada num pensamento do próprio autor em questão: compositor Wolfgang Amadeus Mozart, para quem “a felicidade consiste unicamente em imaginarmos que somos felizes”.
E é justamente num enredo, que tem como pano de fundo a busca da felicidade, que um grupo de alunos do Colégio Madre Paula Montalt dá seqüência ao projeto Arte Escola, apresentando uma singela adaptação teatral da ópera “A Flauta Mágica”, escrita por Mozart em 1791. “A montagem de nossas peças tem um caráter especial”, conta Regina Célia Crepaldi, uma das coordenadoras do projeto. “Ela é participativa, ou seja, construída a partir do diálogo entre alunos e professores”, acrescenta.
Ao lado das colegas Anunziata Lopes e Maria de Fátima Moço, a professora Regina já fez os estudantes viverem outras aventuras, revelando-lhes outros universos, igualmente mágicos. “Tivemos a oportunidade de encenar, por exemplo, Saltimbanco, de Chico Buarque, bem como Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto”, conta a docente.
A apresentação de “A Flauta Mágica”, que na noite de estréia para convidados, lotou o auditória do Madre Paula, está sendo feita, agora, internamente para os alunos do próprio colégio.”Mas já recebemos convites de fora. Vamos levar o espetáculo ao Mackenzie Tamboré e já começamos a conversar com a diretoria do campus Villa-Lobos da Universidade de Mogi das Cruzes”, conta, sem esconder o justo orgulho, Regina Crepaldi.