Remoção adiada

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Eduardo Fiora

Anunciado no último dia 10 de agosto e adiado no sábado, 13, o projeto de revitalização da rua Doze de Outubro e imediações ainda não tem data marcada para sair do papel. Às vésperas do início dos trabalhos nessa região, a cidade vivia um clima tenso na rua 25 de Março, onde ambulantes protestavam contra a ação da prefeitura” explica o subprefeito da Lapa, Paulo Magalhães Bressan. “A Polícia Militar ponderou que seria difícil garantir a segurança em dois pontos como o Brás e Lapa, simultaneamente, o que nos levou a alterar os planos iniciais” acrescenta Bressan. Segundo ele, a decisão foi tomada após uma reunião com a PM, o subprefeito da Sé e secretário de Serviços e Obras, Andrea Matarazzo, e o secretário das Subprefeituras, Walter Feldman. “Acatamos o ponto de vista da PM, pois seria difícil encaminharmos uma operação somente com o apoio da Guarda Civil Metropolitana. Agora, vamos remarcar uma nova data para dar início às obras na Doze de Outubro”, garante o subprefeito.
Os milhares de ambulantes estabelecidos na região estão preocupados, pois consideram inadequados os locais indicados pela Subprefeitura para a transferência temporária das barracas (Viela Ema Angela Murari e Bolsão do Estacionamento em frente ao mercado). “Você acha que cabe todo mundo nesses espaços?”, questiona um dos camelôs, fazendo questão de apresentar o seu TPU (Termo de Permissão de Uso). “Além disso, a Subprefeitura ainda não informou como é que vai ordenar essa transferência. No Estacionamento, as barracas que ficarem no fundo não vão vender nada”, reclama o ambulante.
Mas, segundo Bressan, as áreas provisórias são suficientementes grandes para abrigar todas as barracas regularmente estabelecidas. “Vamos garantir espaços somente para os que têm TPU. Isso significa algo em torno de 600 ambulantes, que serão acomodados nos bolsões”. O resultado dessa decisão é que ficam de fora os quase 800 vendedores irregulares. “Nosso objetivo é revitalizar a Doze de Outubro e imediações, colocando os vendedores nas calçadas e liberando as vias da região para o tráfego de veículos. Para tanto, vamos ter de fazer valer a lei, garantindo que o espaço público seja ocupado de forma ordenada por aqueles regularmente inscritos”, sustenta o subprefeito.

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