Lembranças da Vila Romana

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

Sílvio Tambalo, o Talin, é o tipo lapeano que nunca saiu do bairro. Nascido na Rua Tito em 1933, morou em mais duas casas no bairro. Entre 1939 e 1974 viveu na esquina das ruas Camilo com Espártaco, na Vila Romana, e há 31 anos mora na Rua Mipibu, no Bairro Siciliano. Durante todo este tempo, Talin observou as mudanças sofridas de uma região, que havia inúmeros terrenos vazios, onde ele e seus amigos jogavam futebol de várzea. “Joguei em 1943 no Anchieta, que foi fundado no cruzamento das ruas Tito com Marco Aurélio. O campo ficava onde hoje está o prédio da Escola Thomaz Galhardo, na Rua Marcelina”, relembra Talin, que também defendeu as cores do Estado Novo, localizado na Rua Duilio. O lapeano também recorda das chácaras localizadas na Rua Tito, onde se caçava passarinho até a década de 1950.
Talin trabalhou até 1947 numa fábrica de espelhos, que ficava na Rua Espártaco, antes de se dedicar como mecânico de automóvel na Rua Clélia por 37 anos. Aposentado desde 1984, Talin se dedica ao shuffleboard, um esporte pouco conhecido no Brasil, mas que parece o jogo de bocha com taco. “Tenho saudade da época porque tínhamos liberdade para sair. Não havia luz, em compensação não existia ladrão”, narra Talin, que costumava a freqüentar no Cinema São Carlos, que ficava na Rua Guaicurus, e o Carlos Gomes, na Rua Doze de Outubro.

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