JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER
A comunidade do Parque da Lapa continua descontente com as mudanças na linha Parque da Lapa-Terminal Dom Pedro (8615/10). Os ônibus agora percorrem pela estreita Rua Bergson, que fica ao lado do Cemitério da Lapa. A linha incomoda os moradores porque a trepidação provoca rachaduras nas casas. Além disso, os ônibus não atendem a parte alta do bairro.
Desde de 22 de novembro do ano passado, com a inauguração do corredor Passa Rápido, o tráfego de ônibus mais largos impediu que o ponto final continuasse na Rua Cabul. A Sociedade Amigos do Parque da Lapa solicitou à São Paulo Transportes (SPTrans), via Grupo de Atendimento Regionalizado de Transporte e Trânsito (Garrt), que a parada final do ônibus fosse instalada na Rua Lauro Miller.
O documento oficial enviado pela SPTrans indeferiu o pedido da comunidade. O interessado, em nome do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Arselino Tatto, alega que o local não dispõe de infra-estrutura aos motoristas e cobradores, inviabilizando a proposta. Por isso, o ponto final da linha 8615/10 foi deslocado para a Rua Paulo Franco, sem atender ainda a comunidade do Parque da Lapa e prejudicando os moradores da Rua Bergson.
Os usuários do ônibus têm três propostas. A primeira sugere que a parada final seja instalada na Praça Mocambo, onde todos os interessados teriam acesso ao ônibus. A segunda propõe que o ponto final dos ônibus fique na Rua Maria Thomaz, vindo pela Rua Teerã, evitando a Bergson. Outra sugestão seria a utilização de micro-ônibus ou vans, que fariam o trajeto Terminal Lapa-Parque da Lapa. Os ônibus maiores, vindos do Parque Dom Pedro II, parariam no Terminal Lapa para que os usuários se transferissem para as vans.
