JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER
O encontro de junho do Conselho Comunitário de Segurança da Lapa (Conseg-Lapa) foi realizado no Sesc Pompéia, debatendo problemas de segurança da região. Os comerciantes das ruas Clélia e Guaicurus estão apavorados pela onda de assaltos a mão armada. Muitos lojistas não registram o Boletim de Ocorrência na Delegacia Participativa da Lapa (7º DP). O procedimento impede que o inquérito policial seja instaurado e o crime investigado.
“Recebo telefonemas do PCC (Primeiro Comando da Capital), ameaçando os lojistas”, reclama um comerciante, que não quis se identificar. O delegado-titular do 7º DP, Edson Leal, disse para não aceitar a chantagem, ressaltando que 99% das chamadas são feitas por um celular pré-pago no interior das prisões do Rio de Janeiro. “Eles estão presos e não têm como cumprir a ameaça”, disse Leal, insistindo no registro do B.O. A polícia está investigando a ligação entre criminosos cariocas e paulistas.
O capitão da 1ª Companhia do 4º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (1ª Cia/4º BPM/M), Edmilson Miranda, disse que os crimes de roubos a estabelecimentos comerciais são cometidos também por moradores do bairro. Muitos integrantes das sete quadrilhas de furto de veículos, que foram presos pelos policiais militares, viviam no bairro. “A suspeita de que a Lapa só recebe criminosos de outras regiões não é verdadeira. Desbaratamos um grupo, cujo integrante morava a poucos metros da sede da 1ª Cia”, disse.
Existe ainda a possibilidade de haver uma operação conjunta entre a Subprefeitura da Lapa, Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e Adolescente, Vara da Infância e Juventude, policiais do 4º BPM/M e do 23º BPM/M para retirarem crianças e adultos que vivem na Avenida Pompéia, ameaçando motoristas e pedestres.
