Opinião

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A partir deste mês, o 4º Batalhão da Polícia Militar Metropolitana e a Diretoria de Ensino Centro-Oeste, da Secretaria de Estado da Educação, promoverão um projeto conjunto inédito. A idéia é que os policiais militares lecionem como professores eventuais, isto é, aqueles que fazem segurança nas escolas darão aula quando um educador efetivo faltar. O objetivo principal da iniciativa é envolver mais os policiais com os alunos, pais, professores e a comunidade como um todo.
O policial deixará de ser apenas uma figura que simboliza a repressão ao crime. Esta função será acrescida ao trabalho nobre de educar. O conteúdo a ser ensinado pelo policial será a cidadania. Por ser um projeto novo, a iniciativa precisa ainda de detalhes a serem definidos. Mas somente a intenção de mudar a perspectiva policial dentro das instituições de ensino estadual já é o começo de uma melhor relação entre a corporação e os estudantes.
Os jovens atualmente vivem períodos difíceis. Digo isso por também ser professor. Faltam-lhes referências de todo tipo. A família está perdendo espaço para atrações da sociedade moderna, que vão do videogame à televisão, passando pelas más companhias até o descaso e a apatia em relação aos desafios, sempre complicados de serem resolvidos. A primeira recomendação que este professor e jornalista concede é o da paciência, tentando embutir na cabeça do adolescente que felicidade é um processo longínquo e complexo.
Mas não quero adiantar a matéria. Garanto que o leitor perceberá a boa intenção do projeto. Mesmo porque o cidadão é parte essencial para que a parceria entre 4º BPM/M e Diretoria de Ensino Centro-Oeste tenha um resultado satisfatório. Você precisa estar atento ao andamento dos policiais em sala de aula. Nunca se esqueçam que numa democracia é a sociedade que vigia o Estado. A imprensa fará o seu papel de verificar o desdobramento desta aliança.
Todos devem ajudar. Nossos jovens estão carentes de novas informações úteis para o seu dia-a-dia. Nosso professor necessita de auxílio de todos que reconheçam a sua função na educação. Nossos pais precisam participar mais das reuniões para saber o que passa com seus filhos. Nossas escolas pedem apoio da comunidade para melhorar seu papel na construção da cidadania. E este jornalista quer escrever a matéria da sua vida.

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